Jornal Oeste

Hoje, 7, é o Dia Nacional do Jornalista. A data, estabelecida em 1931, foi criada pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI) em homenagem a Giovanni Battista Libero Badaró, médico e jornalista assassinado por inimigos políticos, em São Paulo, no dia 22 de novembro de 1830. A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) diz que a data é um símbolo dos que defendem “um Jornalismo de qualidade, independente, informativo e ético, que assegure a liberdade de expressão contida na constituição brasileira, reconhecendo que esta liberdade não é propriedade privada de jornalistas ou empresas de comunicação e sim propriedade do cidadão brasileiro.” O movimento popular que se gerou a partir do seu assassinato levou D. Pedro I a abdicar em 1831, justamente no dia 7 de abril. Inspirado pela última frase atribuída a Libero Badaró—“Morro defendendo a liberdade”—o Dia do Jornalista é, acima de tudo, um marco a destacar a importância da liberdade de imprensa na construção de uma sociedade mais justa e voltada aos interesses gerais. Longe de se limitar à mera ausência de censura, no entanto, o conceito de liberdade de imprensa há muito deve ser compreendido num sentido mais amplo, atento às relações entre veículos, anunciantes e poder público, mas também à importância fundamental da existência de um jornalismo de interior capaz de atender às necessidades desta enorme parcela da população residente fora dos maiores centros metropolitanos. Segundo dados do Censo 2010, mais de 60% dos brasileiros—um contingente próximo aos 115 milhões de habitantes—vivem em cidades do interior. Portanto, não se pode falar em liberdade de imprensa verdadeira enquanto diversas regiões do país continuar a descoberto, no que se refere à produção e à circulação de informações, sendo privadas da eficiência e da precisão que só são possíveis a quem conhece com intimidade sua região de cobertura, e que nem mesmo a maior das concentrações publicitárias é capaz de comprar. Pesquisa aponta maioria de mulheres exercendo a profissão Entre os dados mais evidentes da pesquisa realizada pela Fenaj, que subdividiu os entrevistados em 3 segmentos para aprofundar a análise (os que atuam na mídia - 55%, os que atuam em assessoria de imprensa ou outras atividades jornalísticas - 40%, e os que atuam como professores - 5%), as mulheres compõem 64% do universo dos profissionais que estão em atividades, 98% da categoria tem formação superior, 59,9% recebem até cinco salários mínimos, aproximadamente 50% trabalham mais de oito horas por dia e 27% trabalham em mais de um emprego. Associação Brasileira de Imprensa comemora o 105º aniversário de fundação A ABI foi criada em 7 de abril de 1908, pelo jornalista Gustavo de Lacerda, com o objetivo de assegurar os direitos aos trabalhadores da imprensa. Ao longo de mais de um século de existência, a entidade expandiu a sua atuação e liderou importantes movimentos em defesa das liberdades e dos direitos humanos, prosseguindo na luta por sua missão institucional e em benefício do povo brasileiro.