Jornal Oeste

Oliveira Júnior O presidente do Mixto Esporte Clube, Márcio Pardal, confirmou na tarde de ontem a sua intenção de entregar o cargo, após a partida desse domingo, diante do Guaratinguetá-SP, que encerra a campanha do clube na competição nacional. Na noite de quinta-feira o dirigente já havia anunciado a sua decisão. "Coloquei o cargo a disposição. O Éder (Moraes, presidente da Afam) me ligou, tentou fazer eu mudar de idéia", disse Pardal, irredutível. Em entrevista à Rádio CBN Cuiabá, no entanto, Moraes disse não acreditar na ameaça do presidente mixtense. "Isso é história pra boi dormir. Ele vai continuar", afirmou o dirigente da Afam. Pardal, por sua vez, confirmou que na próxima segunda-feira alguns jogadores receberão o mês e serão liberados, entre eles os atacantes Finazzi e Alex Dias. Éder Moraes, fez questão de falar à Rádio CBN Cuiabá, para esclarecer alguns pontos. "Eu não mando no Mixto. Não há autoritarismo, queremos ajudar, entramos aos 49 do segundo tempo. O Mixto não tinha sequer uniforme para jogar", argumentou. Moraes disse que foi surpreendido. "Pra minha surpresa, a equipe do Mixto, além de todas as deficiências, teve uma deficiência psicológica muito grande. Os jogadores considerados pratas da casa não estavam preparados para receber atletas como o Finazzi, o Mauro, o Alex Dias. Haviam ilhas de resistências devido diferenças salariais, mas deveria ser diferente", lamentou. "Sugeri ao Luís Dário que o Finazzi e o Alex se despedissem em Tangará, com gols, mas o treinador disse que não. Se eu mandasse no Mixto, eles teriam jogado", explicou. Por fim, Moraes falou sobre o risco do rebaixamento. "Cair para a Série D não é um bicho de sete cabeças", argumentou. "Vamos continuar trabalhando pela Afam e pelo Mixto", concluiu.