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02/04/2009 - 00:00

Fazenda perdoa dívidas de 1,1 mi de contribuintes com valor até R$ 10 mil

Por Jornal Oeste

EDUARDO CUCOLO da Folha Online, em Brasília A PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional) concluiu o processo de perdão de dívidas com a União no valor de até R$ 10 mil. Foram beneficiados 1,156 milhão de contribuintes, cerca de um terço do total de devedores que estão hoje na dívida ativa da União. São 800 mil empresas e 356 mil pessoas físicas. Ao todo, foram perdoadas dívidas no valor de R$ 3 bilhões, cerca de 0,5% do total da dívida ativa. O perdão havia sido concedido pela medida provisória 449, editada no final do ano passado, mas só agora a Procuradoria terminou de processar os dados dos contribuintes beneficiados. O benefício só vale para as dívidas vencidas até 31 de dezembro de 2002. Já o valor de R$ 10 mil considera a atualização do débito até dezembro de 2007. Por enquanto, apenas quem possui dívidas no âmbito da Procuradoria teve sua situação fiscal regularizada. O perdão das dívidas relativas à Receita Federal do Brasil ainda está sendo processado. A previsão é que os contribuintes com dívidas não previdenciárias tenham sua situação regularizada no final de maio. Para os débitos previdenciários, o prazo da Receita é 30 de junho. Selic x TJLP O governo ainda não concluiu o balanço da adesão ao programa de pagamento parcelado das dívidas de até R$ 10 mil vencidas até 31 de dezembro de 2005. O prazo terminou no final de março. O parcelamento também faz parte da MP 449, que ainda tramita no Congresso e pode sofrer alterações. Um dos pontos mais polêmicos é a troca do indexador de correção das dívidas, a taxa Selic (hoje em 11,25% ao ano), pela TJLP (6,25% ao ano), defendido por alguns parlamentares. Caso essa mudança seja aprovada, o procurador-geral da Fazenda Nacional, Luís Inácio Lucena Adams, afirmou que o Ministério da Fazenda irá recomendar ao veto. "Nesse caso, o benefício não se justifica. A TJLP é um juro subsidiado, o governo paga por isso", afirmou Adams. "Se isso não cair [no Congresso], a Fazenda recomenda o veto."
 
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