Jornal Oeste

Embora tenha encontrado uma folha de pagamento que ultrapassa em mais de 100% a arrecadação mensal do município, o prefeito de Cáceres, Francis Maris Cruz (PMDB), afirma que a prefeitura não possui estrutura suficiente para iniciar a revisão do IPTU. “É necessário rever o IPTU, mas antes disso, precisamos nos estruturar. A Prefeitura de Cáceres não tem um parque tecnológico compatível para este exercício”, diz. O reajuste do valor do IPTU auxiliaria o município no pagamento da dívida de R$ 33 milhões que o peemedebista diz ter encontrado. O maior credor é a Rede Cemat, que deixou de receber R$ 10 milhões ao longo de várias gestões. “Só da administração passada foram R$ 1,8 milhão”, diz o prefeito, ressaltando que o débito é fruto de parcelamentos não honrados. A prefeitura deve ainda R$ 1 milhão ao banco contratado para fazer os pagamentos do pessoal. O dinheiro é fruto de empréstimos consignados – descontados do holerite – feitos pelos funcionários. Além disso, os servidores estão com os subsídios de dezembro atrasados. A folha ultrapassa R$ 5 milhões. O peemedebista diz ter pago cerca de 70% do total. A expectativa é poder quitar o restante até o fim do mês. Ele adianta, contudo, que a arrecadação de janeiro foi inferior ao esperado devido à isenção de impostos concedida pelo governo federal, como é o caso do IPI. “A arrecadação do ano passado foi, em media, R$ 6,5 milhões ao mês. Em janeiro, vamos fechar com R$ 4 milhões. Dá para ver claramente que a conta não fecha”, diz. Na lista de credores da prefeitura também está a empresa que realiza a coleta de lixo, serviço interrompido em janeiro, conforme Francis Maris, porque seu custo não era pago há três meses.