Jornal Oeste

O coordenador da Vigilância Sanitária em Cáceres, Josué Alcântara, informou ontem que os pneus retirados do galpão da antiga Casemat localizado na avenida São Luiz, cujo teto desabou, realmente estão sendo depositados no aterro sanitário (lixão) do município, mas seguindo normas ambientais. "Nossa primeira preocupação foi retirar o material do perímetro urbano, uma vez que os pneus ofereciam vários riscos -não só acumular água e servir de criadouro do mosquito que transmite a dengue, mas também poderiam ser foco de um incêndio ou causar outros transtornos. Estamos tomando medidas urgentes e ao mesmo tempo buscando soluções definitivas, mantendo contatos com empresas que reciclam borracha. Parte dos pneus inclusive já se destinam a uma cooperativa em Cáceres, e outra parte, a Associação da Polícia Civil que está construindo um estande de tiro aqui, e usará os pneus como material de proteção". A quantidade de pneus que está indo para o aterro esta sob o tempo, a céu aberto. Por isso, estão sendo empilhados de forma que, a cada quinze dias, os técnicos da Vigilância possam realizar o trabalho de borrifação, que elimina larvas de mosquitos. Em relação ao galpão, a Secretaria de Saúde, através da Vigilância, pediu um laudo à Secretaria de Obras e Serviços Urbanos, laudo este já concluído e entregue. "Vamos pedir a demolição do barracão"-informou Josué, acrescentando que as telhas que sobraram intactas foram doadas à escola do bairro Garcês e reaproveitadas. O técnico falou que a Vigilância está realizando uma série de trabalhos visando a campanha intensiva de conscientização e combate a dengue. "Neste período chuvoso que se inicia a preocupação com a doença redobra, e a população deve ser orientada sobre os cuidados, que devem ser constantes". Em 2009, Cáceres viveu uma epidemia de dengue que deixou um rastro trágico, com o registro de sete óbitos.