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16/07/2009 - 00:00

Estudo prevê perda de 10 mi de hectares de cerrado

Por Jornal Oeste

Da Redação Estudo realizado pelo WWF prevê desmatamento de 10 milhões de hectares de cerrado nos próximos dez anos para a produção de grãos e cana-de-açúcar, caso não seja implantada uma política efetiva de incentivo à conversão de terras de pastagens degradadas em áreas agrícolas. A organização pondera que a área agrícola pode ser ampliada sem necessidade de desmatamento da Amazônia e do cerrado, respeitando-se o Código Florestal. O trabalho, intitulado Impacto do mercado mundial de biocombustíveis na expansão da agricultura brasileira e suas conseqüências para as mudanças climáticas, relaciona o crescimento da demanda por biocombustíveis à expansão agrícola no Brasil, quantificando áreas e apontando as regiões de expansão. De acordo com os pesquisadores, Maranhão e Piauí poderão sofrer uma perda de 30% na cobertura vegetal nativa. As áreas desmatadas podem ser ainda maiores se o Código Florestal não for cumprido. Mesmo que se expanda o plantio dessas matérias-primas cumprindo com o Código Florestal vigente, haverá perda de biodiversidade e emissão de gases de efeito estufa. Para a secretária-geral do WWF-Brasil, Denise Hamú, um cenário de avanço do desmatamento e do aquecimento global é desastroso. "O Brasil precisa de políticas que garantam a produção de alimentos e o abastecimento do mercado mundial de biocombustíveis, mas que protejam o meio ambiente. É possível e necessário que o País faça uma opção pelo desenvolvimento sustentável", afirma. O WWF-Brasil entende que o melhor caminho é a expansão das culturas voltadas para a produção de biocombustíveis apenas em áreas de pastagens degradadas e o aumento da produtividade nas áreas já estabelecidas. O Brasil tem cerca de 200 milhões de hectares em pastagens, sendo que 30% dessas terras estão degradadas. A área agrícola total atual brasileira é de cerca de 70 milhões de hectares. Portanto, a simples recuperação das pastagens degradadas para uso agrícola permite praticamente dobrar a área da agricultura nacional. DiárioNet
 
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