Jornal Oeste

Da Reportagem Foram soltas neste domingo as advogadas Kattleen Karitas Oliveira Barbosa Dias e Lucy Rosa da Silva, presas na sexta-feira pela Polícia Federal durante a Operação Volver, com o objetivo de reprimir o tráfico de entorpecentes em estados como Mato Grosso. Um habeas corpus impetrado em nome da Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso (OAB) liberou as advogadas, sustentando que foram presas de forma “arbitrária e ilegal”. De acordo com a defesa das advogadas, elas estariam sendo perseguidas pelo juiz Alex Nunes de Figueiredo, da 3ª Vara Criminal de Cáceres, autor dos mandados de prisão. A defesa entrou com o pedido de habeas corpus com a alegação de que as escutas telefônicas realizadas para investigar as advogadas não serviriam como fundamento para a prisão preventiva. O argumento do mandado de prisão, de que Kattleen teria “extrapolado o exercício da profissão”, seria insuficiente para motivar a prisão, pois ela apenas estaria atuando na defesa de clientes acusados de narcotraficantes. A conduta de Lucy também não teria qualquer relação com o narcotráfico, sustenta a defesa. No fundo, a defesa das advogadas argumenta que elas foram alvo de mandados de prisão preventiva devido à animosidade existente entre elas e irmãos do juiz Alex Nunes de Figueiredo. A rixa viria de outros episódios judiciais que envolvem também o atual advogado de Kattleen e Lucy, Everaldo Batista Filgueira. O juiz Alex Nunes de Figueiredo não retornou o contato telefônico feito pela reportagem para comentar o assunto. (RD)