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30/09/2012 - 10:04

Pecuaristas e comerciantes querem a reabertura do Friboi

Por Expressao Noticias

A Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Comissão da Pecuária de Corte de Mato Grosso, Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrismat), Sindicato Rural de Cáceres, juntamente com os pecuaristas da região de Cáceres estão mobilizados e em contato direto com o Grupo JBS para garantir a reabertura do frigorífico no município. As discussões estão ocorrendo em diferentes esferas, seja por meio de contato entre os pecuaristas e antigos fornecedores do frigorífico de Cáceres como também entre as entidades de criadores e do setor que também tem interesse em garantir a reabertura da planta e adequá-la para a exportação de carne. O vice-presidente da Famato e presidente da Comissão da Pecuária de corte de Mato Grosso, o pecuarista Neto Gouveia, explica que tem mantido contato direto com os diretores do grupo JBS e estão em franca negociação para a reabertura do frigorífico aqui. “A cidade, o comércio está ansiosa pela reabertura da planta, afinal são 600 empregos diretos que o município perde, isso sem contar nos benefícios indiretos. Para os pecuaristas o interesse também está na facilidade de negociar os animais na própria localidade e na possibilidade de acompanhar o abate”, diz. Neto Gouveia, lembra que em Mato Grosso são cerca de 10 plantas frigoríficas que estão paradas e que as entidades produtoras estão trabalhando no sentido de reativá-las. Uma das propostas de reativação passa diretamente pela abertura de novos mercados consumidores, tanto que ainda este ano haverá uma missão internacional na China, em que vão ser propostos acordos de exportação. “Eu devo participar dessa missão, e imagine que se fecharmos um contrato de exportação com a China o quanto de produção não será necessário? Com isso, a nossa planta frigorífica aqui que está fechada e em plena condições de funcionamento será um investimento bastante interessante para o grupo”, avalia o pecuarista. Os pecuaristas associados ao Sindicato Rural de Cáceres, dentre eles: Manoel Jorge Ribeiro, Flávio Teodoro, José Humberto, Osmar Antunes, Wallace Antunes, Amarildo Merotti, Mirko Ribeiro, e outros também vem mantendo contato direto com os proprietários do grupo JBS no sentido de garantir a reativação do frigorífico local. Segundo Mirko, as possibilidades de reabertura do frigorífico existem e estão sendo trabalhadas, no sentido do munícipio e a empresa firmarem parcerias público-privadas para garantir a infraestrutura necessária e assegurar a geração de empregos diretos e indiretos. “Na verdade, estamos realizando por meio das entidades e dos pecuaristas uma aproximação com o grupo para reativar a planta local”, diz Mirko. Frigorífico assegura 600 empregos diretos Desde a paralisação das atividades do frigorífico em Cáceres foram dispensados cerca de 600 trabalhadores com carteira assinada, causando imensos prejuízos para o município. Entre os motivos para que a planta fosse desativada está a falta de infraestrutura no entorno do imóvel, como a falta de asfalto o que inviabiliza a habilitação para a exportação da carne produzida no local. Além disso, seriam necessárias as adequações no prédio para conseguir as licenças ambientais e que podem ser garantidas pelo grupo assim que houver o interesse em reativa a planta. Neto Gouveia, lembra que uma das vantagens para a reabertura do frigorífico é que a planta continua pronta, com todos os equipamentos em manutenção, o que em tese, demonstra o interesse do grupo na planta de Cáceres. “Além disso, o JBS paga aluguel do frigorífico em Araputanga e tem um prédio pronto e equipado parado aqui em Cáceres, por isso estamos nos mobilizando para garantir a reabertura do frigorífico”. Cáceres tem o 3º maior rebanho bovino de Mato Grosso O município conta com cerca de 900 mil de cabeças de gado atualmente, mas perdeu o posto de maior rebanho bovino de Mato Grosso, ficando atrás de Vila Bela e de Juara, mesmo assim continua um importante centro produtor de carne e couro. A importância do município na cadeia de corte, por si só, já assegura a viabilidade de reabertura do frigorífico no município. Durante o seu funcionamento, até pouco mais de um ano, o frigorífico local abatia cerca de 160 mil cabeças por ano e gerava 600 empregos diretos. “Isso sem contar a movimentação econômica, nos postos de combustíveis, no comércio, na geração de impostos. Por isso é fundamental assegurar e trabalhar todos, setor público e privado para garantir a reabertura dessa planta”, afirma Neto Gouveia.
 
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