Notícias / Cidade

27/08/2012 - 10:55

Noivos mergulhadores se casam debaixo d’água em Cáceres

Por cenariomt.com.br

Apaixonados já se declararam nas asas de um avião, dentro de um helicóptero, flutuando no ar ou pendurados num edifício. E também já juraram amor eterno num desfile de escola de samba, num festival de rock, num vagão do metrô, numa jaula de circo, em plena maratona e até no meio de um cemitério. Mas um casal seguiu o caminho dos mergulhadores e escolheu viver essa emoção embaixo d’água, só que com o figurino completo. A lagoa no meio das rochas fica em uma fazenda (Dolina Água Milagrosa), na cidade de Cáceres, sudoeste de Mato Grosso, a 220 quilômetros de Cuiabá. Um lugar paradisíaco com água cristalina, que Kleber e Anne escolheram para selar a união! Para entender por que eles decidiram se casar no local, é preciso voltar um pouco no tempo. Kleber e Anne são advogados. Estão juntos há três anos. E o que une os dois, é o gosto por aventuras! Em março, ele decidiu pedir a mão dela em casamento no topo de uma montanha coberta de neve no Canadá. Os dois se casaram oficialmente, no religioso e no civil, no mês passado. A festa foi no alto dos paredões da Chapada dos Guimarães. Mas eles ainda queriam uma comemoração simbólica debaixo d’água. Essa foi difícil de organizar. Foi preciso um mês de preparo fora e dentro d’água. “Nós tentamos não tirar nada do lugar e se adaptar conforme o local, pra não agredir a natureza de forma alguma”, conta o noivo. O local não foi escolhido por acaso. É considerado um dos melhores pontos de mergulho de Mato Grosso. E também faz parte da história de amor do Kleber e da Anne. “Foi aqui que tudo começou. Logo depois do curso de mergulho quando ficamos juntos, sempre foi mergulho direto aqui”, revela a noiva. “O namoro nasceu no mergulho, continuou mergulhando, nada mais claro do que fazer uma celebração dentro d'água”, diz Kleber. No dia do casamento, a preparação começa como numa festa normal. Mas com algumas diferenças. “Alguns itens da maquiagem são a prova de água, outros não. A gente pretende não carregar muito, justamente pra não acontecer imprevisto, como borrar a maquiagem embaixo d’água”, diz a madrinha Luana Barão. Se um casamento tradicional já dá trabalho, imagina debaixo d’água. São muitos detalhes pra cuidar. O vestido da noiva, por exemplo, quando ela entrar na água, pode subir. Mas elas pensaram em tudo. Numa barra foram costurados chumbinhos para o vestido não subir. “Minha estilista teve essa ideia pra gente ver se o vestido não levanta na hora do mergulho, mas não chegamos a testar, mas acredito que vai dar certo”, diz Anne. Rogério é o padre da cerimônia. Na verdade, ele só vai fazer o papel de padre nessa cerimônia simbólica. Ele é o instrutor de mergulho. Quando a noiva chega com o pai, os convidados já estão ao lado das cordas que formam o corredor até o altar. O noivo recebe a noiva e o instrutor de mergulho começa a cerimônia.A comunicação é por placas. "Kleber Tocantins aceita casar com Anne Caroline Dorileo?" Ele aponta que sim. "Anne Caroline aceita casar-se com Kleber Tocantins?". Ela também aponta que sim. "De acordo com a lei do mergulho, eu vos declaro marido e esposa sub", diz o instrutor. O pai da noiva pega a aliança fora da água. Elas estão em uma espécie de almofada subaquática. Os noivos trocam alianças. Para terminar, o instrutor manda: pode beijar a noiva e emergir para a eternidade. E o noivo, claro obedece! “O mergulho uniu a gente então, vai fazer parte deste momento também, que vai ser eterno”, diz a noiva.
 
Sitevip Internet