Jornal Oeste

Uma infeliz coincidência pode levar um pedreiro evangélico para cadeia, em Cáceres, a qualquer momento. A justiça determinou que Sidney Ramos de Almeida, 44 anos, efetue nas próximas horas, o pagamento de três parcelas de pensão alimentícia em favor das supostas filhas E.N.R, 14 anos e E.N.R, 11 anos, sob pena de ter a prisão preventiva decretada. A Ação de Alimentos foi ajuizada, em outubro de 2006, na comarca do município de São Francisco (MG), pela mãe das crianças Maria Nilza Gomes das Neves. Sidney garante que não conhece Minas Gerais, a mãe e tampouco as crianças. O valor a ser pago é de R$ 515,19, equivalente a 40% do salário mínimo, referentes às parcelas dos meses de abril, maio e junho de 2011. Na ação ajuizada em Minas Gerais, consta que Sidney reside na cidade de Osasco (SP). Na Certidão de Nascimento, de E.N.R e E.N.R, emitida na comarca de São Francisco, consta como avós paternos Izabel Ramos de Almeida, o mesmo nome da mãe de Sidney. Residente no bairro DNER, o evangélico foi notificado por um oficial de justiça na semana passada. Além da pressão judicial para que ele faça o pagamento, sob pena de ser preso, à situação está provocando desentendimento familiar. Assim que recebeu a notificação ele procurou o Ministério Público para contestar. Garante que apesar das coincidências, não tem nenhuma relação com o caso. “Eu nunca fui em Minas Gerais e tampouco em São Paulo” assegura que, além disso, tem como provar porque nesse período trabalhava no Sindicato dos Servidores Públicos Municipais com carteira assinada. “A assinatura da carteira de trabalho é uma prova de que eu estava em Cáceres naquela época” explica. A suspeita é de que os seus documentos pessoais tenham sido clonados ou de que esteja sendo vítima de uma grande coincidência de encontrar um homônimo, nessa situação, tanto dele quanto da mãe. O Ministério Público, segundo ele, teria se prontificado a investigar com maiores detalhes o caso. Ele diz que só não faz uma viagem a Minas Gerais para esclarecer os fatos porque não dispõe de recursos. Até que não seja esclarecida de vez a situação, vai depender da justiça se decreta ou não a prisão do evangélico, até porque, segundo ele, não dispõe de recursos para efetuar o pagamento.