Jornal Oeste

Mais de 10 estabelecimentos comerciais, localizados na Avenida Sete de Setembro e imediações foram roubados, em dois meses, em Cáceres. A maioria mais de uma vez. Em alguns casos, como a “Maré Mansa Utilidades” foram seis arrombamentos, em pouco mais de 90 dias. A suspeita é de que os furtos estejam sendo praticados por uma gangue formada por menores usuários de drogas. No último final de semana, os ladrões fizeram um verdadeiro arrastão. Foram quatro lojas arrombadas. Ninguém até agora foi preso. Comandante substituto do 6º Batalhão de Polícia Militar (6º BPM) capitão Jean Lima, diz que a polícia não tem conhecimento desses fatos. E, que se estão acontecendo os comerciantes não tem comunicado a polícia, como deveria. Afirmou que, apesar de não constar no mapa de ocorrências, ele estará realizando um planejamento para reforçar o policiamento na área, nos horários definidos pelas vítimas. As vítimas suspeitam que os roubos são praticados pelas mesmas pessoas, por usarem a mesma tática. Ou seja: entram pelo forro dos prédios, geralmente, durante a madrugada. Além disso, com raras exceções, roubam pequenas quantias. Dinheiros miúdos que são deixados nos caixas do dia anterior, objetos sem grande valor e peça de roupas, geralmente, masculinas. Roubada seis vezes a Maré Mansa Utilidades sofreu o maior prejuízo: R$ 8 mil. “O dano para consertar o estrago no forro é, na maioria das vezes, maior do que os valores dos objetos retirados”, afirma o comerciante Sérgio Cardoso, proprietário da “A Nossa Loja” uma das que foram arrombadas no final de semana. Na Nossa Loja, os ladrões roubaram apenas camisetas, bermudas e moedas deixadas no caixa. Na loja “Xica Modas” os ladrões tiveram tempo de provar as roupas. No dia seguinte ao arrombamento o proprietário encontrou várias peças em frente ao espelho com as lâmpadas acesas. Embora “visitada” por três vezes nos últimos meses, a “Fotorama” contabiliza pouco mais de dois mil reais de prejuízo. No último arrombamento, os ladrões levaram além de pequenos produtos, trezentos reais que a proprietária havia esquecido no caixa. “Creio que são garotos usuários de drogas que roubam pequenos objetos para trocar nas bocas de fumo” disse a fotógrafa Ana Lúcia Fornanciare. Ela observa que, eles arrombaram a loja, mas tiveram o “cuidado” de não causar nenhuma destruição e tampouco roubar máquinas fotográficas de grande valor. Na Global Celulares, os “visitantes” levaram dezenas de aparelhos de telefones. A funcionária Aureni Soares, diz que eles agiram com rapidez. “Minutos após o disparo do alarme chegamos à loja, mas não encontramos mais ninguém. Eles agiram com muita rapidez” conta. Aureni diz que foi a segunda vez em que a loja teve a “visita” dos ladrões. Na primeira, segundo ela, eles jogaram um vazo de planta no vidro, mas, felizmente, ele não quebrou e eles fugiram. A Fábrica de Óculos foi roubada duas vezes. A gerente Marcela Almeida Fernandes, diz que, a exemplo das demais, os ladrões entraram pelo telhado e praticaram o roubo. Da loja levaram uma caixa de óculos e armações. Ela diz que, há três semanas, tentaram entrar de novo, mas não conseguiram porque o alarme disparou e fugiram. A Casa do Alumínio foi roubada duas vezes. Assim como as demais, os ladrões arrombaram o forro, durante a madrugada, chegaram ao interior do estabelecimento e levaram pequenos produtos. Nem mesmo a “Lanches e Cia” escapou. “Levaram muitos produtos usados para fazer lanche” disse o gerente Antenor de Almeida. Várias outras lojas como drogarias e lojas de confecções também foram roubadas nas imediações nos últimos três meses.