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08/07/2009 - 00:00

Novo remédio para tuberculose chega em dezembro

Por Jornal Oeste

Rose Domingues Da Redação O novo medicamento dose fixa combinada (DFC) para tratar tuberculose, popularmente conhecido como "quatro em um", começará a ser utilizado pela saúde pública do Estado a partir de dezembro deste ano. Técnicos da área estiveram reunidos no Hotel Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá, com especialistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ontem para tratar da organização da rede antes da inovação ser implantada. O objetivo é reduzir o abandono do tratamento que no ano passado foi de 5,5% e em anos anteriores chegou a 10%, quando o preconizado pelo Ministério da Saúde é inferior a 5%. A coordenadora estadual do programa de combate à tuberculose, Simone Gutierrez, explica que o primeiro passo é conectar os 16 pólos regionais num sistema online de monitoramento de estoque e armazenagem dos produtos que não podem ser desperdiçados ou mal aproveitados pelos 141 municípios. Por má gestão administrativa, ainda acontece de faltar remédios na rede de algumas localidades e sobrar em outras. Também foi falado sobre as técnicas de abordagem com o paciente, já que a maior parte das desistências é motivada pelo grande número de comprimidos que o paciente deve ingerir por um tempo prolongado. "São 2 drogas durante 6 meses e 4 drogas por 2 meses, no ano que esse quadro terá mudado". No Estado, apareceram 1,047 mil casos novos de tuberculose no ano passado, uma média de 1,5 mil fizeram o tratamento, o que implica em gente que veio de outras regiões do país e acabou se tratando aqui ou gente que abandonou e resolveu voltar para se cuidar. Em relação à população de mais de 2 milhões de habitantes, o percentual de casos é mínimo, mas certamente é subnotificado, coloca Mato Grosso em 15º da doença no país. Rio de Janeiro e Amazonas ficam respectivamente em 1º e 2º lugares. Pessoas de todas as classes sociais podem pegar a infecção, já que o bacilo está presente em todo lugar, principalmente em ambientes fechados e pouco ventilados e onde há um grupo grande convivendo. Hoje, a primeira doença oportunista que mais mata entre portadores da Aids. "Tosse por mais 2 semanas é um dos sintomas marcantes".
 
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