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01/07/2012 - 10:34

Garoto de 2 anos morre momentos após cirurgia no Regional; família suspeita de negligência médica

Por expressaonoticias

Um garoto de dois anos morreu, no Hospital Regional de Cáceres, minutos após a realização de uma cirurgia de traqueostomia. O caso aconteceu na última quarta-feira (27). Luan Fernandes da Silva Almeida deu entrada no hospital na manhã de terça-feira, por encaminhamento do PAM, devido a uma lesão na garganta provocada, supostamente, por uma espinha de peixe. Ele teve duas paradas cardíacas, antes de ir a óbito. Os pais do garoto Laudelino Manoel de Almeida e Franciele Ramos, suspeitam de negligência médica. Afirmam que irão ajuizar uma ação para exigir o esclarecimento dos fatos. O médico otorrinolaringologista Alexandre Pimentel, citado pelo casal, diz que todo procedimento necessário foi feito. E, que somente a realização de uma necropsia poderá esclarecer a realidade dos fatos. “O garoto chegou com um quadro de insuficiência respiratória grave. Todo procedimento necessário foi feito, mas infelizmente ele obitou. Não tive tempo de fazer a avaliação. Para saber com precisão a causa mortis deve ser feita a necropsia” explicou Pimentel garantindo que só foi solicitado a comparecer no hospital às 9h40 de quarta-feira. O médico afirma, ainda que o garoto foi encaminhado para a UTI, onde foi submetido à cirurgia, por sugestão dele. A direção do hospital informou que irá requisitar um minucioso relatório dos médicos que atenderam a criança para dar um esclarecimento a família. “Vamos requisitar um relatório dos médicos que atenderam o paciente para esclarecer, com exatidão a causa da morte. A família tem direito de saber o que realmente aconteceu. E, caso não se satisfaça tomar as medidas que achar necessárias” assegurou o diretor Idelvan Ferreira Macedo. Luan Fernandes, conforme a mãe deu entrada no PAM, na noite de segunda-feira, após ter ingerido uma espinha de peixe. Após rápida avaliação, conforme o casal, a médica plantonista, informou que não era nada grave e que a espinha havia provocado apenas “um arranhão” na garganta, receitando o medicamento paracetamol e em seguida liberando o paciente. Porém, na manhã seguinte, o casal retornou ao PAM, porque o garoto teria ficado rouco e febril. Oportunidade em que o novo plantonista, após nova avaliação, o encaminhou para internação no Hospital Regional. Os pais lembram que Luan foi atendido por uma médica que sugeriu a realização de um raio X, exame feito, imediatamente. Resultado que só foi liberado, no final da tarde de sexta-feira, depois de três dias, após o casal ter procurado o jornal. Laudelino e Franciele, dizem que, foram informados pela médica que, o especialista na área (Alexandre Pimentel) iria ao hospital para avaliar o quadro clínico do paciente e decidir sobre que atitude tomar. No entanto, segundo eles, o médico só chegou na manhã do dia seguinte, ou seja: na quarta-feira, momentos antes da cirurgia. Lembram ainda que, durante a noite de terça-feira, no interior do hospital, o filho passou muito mal, mas não havia médico para atendê-lo. Afirmam que, a criança entrou na sala de cirurgia por volta das 10h30 de quarta-feira. E, que quando estava sendo submetido à cirurgia teve uma parada cardíaca, mas foi reanimado pelos médicos. Luan Fernandes morreu alguns minutos após a cirurgia. A médica Márcia C.M Souza atestou como causa mortis parada respiratória por “ingestão de corpo estranho”. O sepultamento de Luan aconteceu na manhã de quinta-feira, no cemitério São João Batista.
 
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