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06/07/2009 - 00:00

Mulheres que dividiam celas do CISC com homens são transferidas para Araputanga

Por Jornal Oeste

Jornal Expressão Sinézio Alcântara Uma intervenção do Centro de Direitos Humanos de Brasília resolveu, temporariamente, a situação das mulheres que dividiam com homens o mesmo recinto das celas do Centro Integrado de Segurança de Cáceres (CISC). Uma manifestação condenando o desrespeito pelos direitos humanos resultou na transferência das presas para a cadeia feminina de Araputanga depois de 27 dias. A boliviana R.A, presa por tráfico de drogas e a brasileira M.S, por furto foram transferidas na tarde de quinta-feira, (02/06) mesmo dia em que, o Jornal Expressão, divulgou, com exclusividade, o fato. A boliviana foi presa no dia 5 de junho e a brasileira dia 7. Embora, o local tenha sido preparado para abrigar presos provisórios - durante lavratura de procedimentos como prisão em flagrante, temporária ou preventiva - M.S e R.A passaram 27 dias, em um cubículo de menos de dois metros quadrados. O que é pior: por serem separadas apenas por uma divisória e pelas grades da cela da frente, durante esse período, em várias oportunidades, elas tiveram contato visual e se quisessem até físico, com vários homens presos em flagrante, antes de serem transferidos para a cadeia pública municipal. Mulheres que são presas em Cáceres são enviadas para o presídio Ana Maria do Couto, em Cuiabá, ou para a cadeia feminina de Araputanga, porque o Centro de Ressocialização Feminino (cadeia feminina de Cáceres) foi interditada, por determinação judicial, há dois meses e passa por reforma e ampliação. Após a divulgação da matéria pelo Jornal Expressão, a promotora Januária Dorileo Bulhões, da Terceira Promotoria Criminal, oficializou o coordenador do CISC, delegado Rogers Elizandro Jarbas, para que no prazo de 48 horas elaborasse um relatório sobre o caso. Além do envio do documento ao MP o delegado informou que já havia comunicado o fato a Superintendência das Cadeias Públicas do Estado, ao Ministério Público e ao Poder Judiciário. E, que “infelizmente” a situação permanecia. Um dos delegados informou, horas depois da transferência das presas para cadeia de Araputanga, que o problema foi solucionado “temporariamente” porque, certamente, outras mulheres serão presas nas próximas horas e não há lugar, na região de Cáceres, para onde elas possam ser transferidas.
 
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