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01/07/2009 - 00:00

Homens e mulheres dividem o mesmo recinto nas celas do CISC em Cáceres

Por Jornal Oeste

Jornal Expressão Sinézio Alcântara Homens e mulheres são mantidos no mesmo recinto, separados por uma divisória, entre uma cela e outra e, apenas pelas grades, da cela da frente, podendo ter contatos visuais e até físico, no Centro Integrado de Segurança de Cáceres (CISC). O local preparado para abrigar presos durante a lavratura dos procedimentos (prisão em flagrante, temporária ou preventiva), portanto provisório, mantém há 28 dias, duas detentas - presas por furto e tráfico de drogas - porque na região não há cadeia feminina para onde elas possam ser enviadas enquanto aguardam definição da pena. Durante esse tempo já ficaram “juntas” de vários presos, inclusive, de um homem acusado de estupro, no último sábado. Na presença da reportagem uma das presas implorou ao delegado para que fosse retirada do local. “Pelo amor de Deus nos tirem daqui. Não agüentamos mais tanta humilhação”, disse. A situação é considerada preocupante. O delegado responsável pela CISC, Rogers Elizandro Jarbas, diz que já comunicou o fato, pelo menos, três vezes, à Superintendência das Cadeias Públicas do Estado; ao Ministério Público e ao Judiciário. Porém, segundo ele, até ontem, nenhuma providência havia sido tomada para solução do problema. Diz que, tentou enviar as presas para a cadeia feminina do município de Araputanga, mas não obteve êxito porque o juiz local se recusou a recebê-la alegando que o presídio local já está com excesso de presas. “A situação é extremamente preocupante. Já não sei mais a quem recorrer”, enfatiza Jarbas. Mulheres que são presas em Cáceres - a maioria por tráfico de drogas – estão sendo encaminhadas para Cuiabá porque a cadeia feminina está interditada há mais de dois meses para reforma e ampliação. A promotora Januária Dorileo Bulhões, da 3ª Promotoria Criminal, disse que não tem maiores detalhes sobre o caso. Informou que, ainda ontem, iria oficializar o delegado para que no prazo de 48 horas ele fornecesse as informações necessárias a respeito. E, que, somente após receber as informações, estará estudando que medida será adotada. Adiantou que “dá maneira como está não pode continuar”. O juiz da Vara de Execuções Penais, Alex Nunes de Figueiredo, diz que a responsabilidade pela guarda e segurança do preso é do Estado, através da Secretaria de Segurança Pública. “Eles (Estado e Sejusp) deram motivo para a interdição da cadeia. Agora que encontrem solução para o problema”, disse sugerindo que os delegados mantenham contatos com a secretaria de Justiça e Segurança Pública para cobrar pressa na execução da reforma do Centro de Ressocialização – a cadeia feminina de Cáceres. “O que eles (delegados) devem fazer e cobrar pressa do Estado para conclusão da reforma da cadeia feminina. O trabalho está a passos de tartaruga”.
 
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