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01/07/2009 - 00:00

Às vésperas do Dia do Bombeiro, entidade divulga nota criticando a companhia de Cáceres

Por Jornal Oeste

Da Redação Uma nota assinada por uma entidade que se intitula Associação da Família Miliciana da Região Oeste, tece duras criticas a companhia de bombeiros de Cáceres, às vésperas do Dia Nacional do Bombeiro. Lei abaixo: 02 DE JULHO- DIA DO BOMBEIRO Afinal, o que comemorar? O Bombeiro, personagem na qual grande número de crianças e jovens se espelham, porque nesta imagem vêem a bravura, a coragem e a própria liberdade materializadas; a imagem que não conseguem vislumbrar em muitas outras personagens do meio político e, às vezes, no próprio ambiente familiar. Homens e mulheres que estão sempre a postos para atender as mais diversas situações em que outros seres humanos estejam em perigo. Seres humanos que nos fazem sentir tranqüilidade porque sempre sabemos que, quando precisarmos, estarão ao nosso lado nos amparando. Nunca nos detivemos para saber qual é a realidade desses homens e mulheres que se empenham quotidianamente no empenho em amenizar os sofrimentos da população. Como será a realidade dessas bravas pessoas no seu ambiente de trabalho burocrático – digo burocrático porque a essência do trabalho desses profissionais está, justamente, onde existam vidas em perigo e não nas suas bases. Enfim, como será, de fato, a relação entre comandados e superiores? O que se constata é a retomada da ditadura militar; o retrocesso à democracia, o absolutismo autoritário, a opressão, a perseguição de subordinados num momento histórico em que o autoritarismo é completamente abominado e desprezado, pois é sinônimo de incompetência que ficou demonstrada no regime militar pós 1964. Mais; desprezíveis são os indivíduos que ainda insistem em prosseguir ou tornar a adotar esta prática de comando, justamente com militares que se empenham, exclusivamente, ao bem estar, à segurança e tranqüilidade de uma população. Nesta profissão, ou missão, não deve haver lugar para autoritarismo a fim de que não se criem paradoxos. Os que salvam vidas precisam ser tratados dignamente e em conformidade com as funções que realizam no dia a dia a favor da sociedade. É fundamental que uma categoria que tem tão relevante missão seja tratada com muito respeito pelos seus superiores que, aliás, estão no comando em nome de toda a sociedade e não apenas para a satisfação do seu próprio ego. Todavia, esta é a triste realidade que nossos bravos e valorosos homens vivem em muitos destacamentos: são obrigados a cumprir uma jornada de trabalho exaustiva não condizente com as normas que regem o seu acordo de trabalho que seria em plantões de 24 h. e, após isso, o “direito” ao descanso de 48 h. Porém, isto nem sempre é respeitado, pois esses militares, durante seus horários de descanso, têm que comparecer ao quartel do Corpo de Bombeiros para fazer serviços braçais (faxina, cavar buraco, esparramar cascalho, e muitos outros), serviços esses, denominados pelo comando de sobreaviso automático e até mesmo de educação física. Contudo, o sobreaviso automático, segundo as normas da categoria, somente seriam aplicados em casos de catástrofes ou em casos de convulsão social. Isso tudo, ainda acontece porque muitos superiores não foram capazes de assimilar a redemocratização do país que, embora seja uma democracia frágil, é existente. Enfim, para que seja alimentado o ego de comandantes e outros da cúpula, não se importam com seus militares e tão pouco com as suas famílias. Por ocasião das esposas dos militares, do comando de Cáceres terem procurado o Comando Geral em Cuiabá a fim de buscar soluções para os abusos aos quais os bombeiros estão submetidos na 2ª CIA de Cáceres, foram chamadas pelo senhor comandante de RIDÍCULAS perante toda a tropa. Essas ridículas, no entanto, assim procederam, porque estão cansadas de presenciar o cansaço físico e mental de seus esposos, pois isto traz conseqüências que acabam por refletir nas suas vidas familiares, uma vez que já se chegou ao ponto de militar no seu destacamento procurar o suicídio em virtude de tantas perseguições e falta de descanso que o levaram a extrema baixa estima e a uma ausência de expectativa de futuro. Nossa sociedade, assim como o meio empresarial, vive um momento que tende a adoção de práticas de soluções de problemas de forma coletiva, na qual o diálogo, a reflexão e a dialética podem gerar maior eficiência e produtividade. Mas, alguns setores da instância militar ainda não se vêem como uma empresa, mas como pequenos ditadores tropicais que insistem no seu individualismo, pois ainda não se adequaram ao novo contexto, por conseguinte, deixam de produzir o necessário para a coletividade que serve e da qual recebe o seu erário. Em momento algum o comandante reuniu-se com sua tropa para ouvir seus anseios; ao contrario, ele sempre deixa bem claro que cada um resolva seu problema fora do horário do serviço; e que horário seria este? Noturno? Sendo assim cabe nos perguntar: O que estes militares da 2ª CIA de Cáceres têm a comemorar? Associação da Família Miliciana da Região Oeste
 
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