Jornal Oeste

ALECY ALVES Da Reportagem Quem fizer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que, a partir deste ano substitui o tradicional vestibular na UFMT, poderá concorrer a vagas em um novo curso da área da saúde pública. A universidade está oferecendo 80 vagas em Saúde Coletiva para o campus de Cuiabá. Os primeiros 40 colocados começam a faculdade no primeiro semestre de 2010 e os demais, no segundo. Essa graduação ainda é rara no país, existiria somente nas federais do Rio Grande do Sul e da Bahia. A criação desse curso foi proposta pelo Instituto de Saúde Coletiva (ISC) da UFMT, que já possui o curso de mestrado aprovado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe). De acordo com a grade curricular, o bacharel em Saúde Coletiva é o responsável por organizar sistemas de saúde para atender às necessidades da população, com base no Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, contribui para ações de vigilância ambiental, sanitária e epidemiológica. Assim, o profissional tem a função estratégica no processo de melhoria da gestão das políticas e ações de saúde. O professor Sérgio Allemand Motta, um dos fundadores do ISC, disse que o campo de atuação do bacharel em Saúde Coletiva está relacionado às secretarias municipais e estaduais de Saúde, Ministério da Saúde, seus escritórios regionais e a Funasa. E, ainda, às agências reguladoras da saúde e universidades. Para a professora do mesmo Instituto Emília Biato, a criação desse curso antecipa o ensino que atualmente é ofertado somente como pós-graduação, possibilitando a redução dos cursos da formação. Hoje, explicou ela, é comum que médicos façam especialização nessa área e passem a atuar como gestores. De acordo com Emília, a necessidade dessa graduação vem sendo percebida há anos no país como maneira de implementar melhorias no setor. O perfil desse bacharel, observou, é de pensar, planejar e gerenciar a unidade do SUS como serviço de atenção coletiva, efetivando as diretrizes do sistema público O curso será oferecido no período noturno e terá duração de quatro anos. Como forma de complementar a graduação, será realizado estágio diurno no último semestre do curso, em unidades de saúde e em outros espaços de administração e gestão em saúde pública. (Com assessoria)