Jornal Oeste

Mais 7 policiais foram expulsos da Polícia Militar de Mato Grosso por determinação do comandante-geral Osmar Lino Farias que assina as portarias publicadas no Diário Oficial desta terça-feira (03). São 6 soldados e um cabo, sendo que 4 deles foram investigados e considerados culpados em processos disciplinares abertos pela PM para apurar a conduta dos acusados por crimes de homicídio, cobrança de propina e tentativa de roubo. Na portaria 111 foi publicada a expulsão do soldado reformado Écio Duarte Alves, suspeito de ter cometido duplo homicídio nos municípios de Cáceres e Mirassol D’ Oeste. Consta na denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) que em dezembro de 2002, Écio atirou em Paulo Pereira do Nascimento com uma pistola Taurus 7.65 milímetros. A vítima morreu e o acusado foi detido com a pistola e 2 munições no carregador no dia 9 de janeiro de 2003, numa barreira policial na região de Porto Esperidião, na estrada do Zeca Lemes. Os soldados Eric dos Santos Pio e Rafael Queiroz Barbosa eram lotados no Batalhão de Polícia Militar de Trânsito (BPMTRAN) e foram excluídos da corporação a contar de 3 de fevereiro deste ano. Ambos já entregaram as carteiras de identidade funcionais bem como os fardamentos e outros materiais que utilizavam, conforme ofícios assinados pelo tenente coronel Wilson Batista Comandante do BPMTRAN. Nas portarias 102 e 103 não constam os motivos das expulsões. Outro que foi excluído dos quadros do Comando Regional 1 do 1º BPM é o soldado Elio Alves dos Santos por não haver mais interesse em permanecer nas fileiras da Corporação, conforme consta na portaria número 110. Na publicação também é determinado que a Diretoria de Gestão de Pessoas (DGP-2), deverá tomar todas as providências para exclusão do ex-soldado da folha de pagamento. Outro soldado expulso é José Pereira da Fonseca Filho, acusado de ter premeditado um roubo em Rondonópolis (212 Km ao sul de Cuiabá) que só não ocorreu porque foi flagrado por uma guarnição da PM em janeiro de 2009 quando pilotava uma motocicleta com o irmão Gilmar Pereira da Fonseca, na garupa. O policial acelerou o veículo para fugir enquanto o irmão se livrou de uma uma arma e uma mochila contendo luvas descartáveis, capuz, seguetas, marreta, cordas, algumas munições de calibre 38 e uma capa de colete balístico da PMMT. “Embora não tenha sido efetivado o roubo, uma vez que os policiais, em tese, anteciparam a ação da dupla, os apetrechos que possuíam eram apropriados para tal fim, diz trecho da portaria. Preso em flagrante José foi liberado em seguida, mas voltou a cometer crime, 3 meses depois na companhia de outros 2 comparsas ao tentar extorquir R$ 100 mil de uma mulher chamada Leodete Pinto de Carvalho. “A acusação apresentada em face do policial possui correspondência com os fatos noticiados e investigados preliminarmente por um Inquérito Policial Militar. Em procedimentos instaurados pela Administração Pública Militar foram seguidos todos os ritos procedimentais, que resultou em relatório final em PADM com parecer positivo de existência de transgressão disciplinar, em face do agora ex-soldado”, diz trecho da publicação. Também foram excluídos da corporação o cabo Paulo Cândido de Souza e do soldado Marcos Roberto Monteiro, acusados exigirem propina de R$ 2 mil para liberarem o condutor Roberto Carlos Laskos que realizava o transporte de madeira com cubagem acima do constante na nota fiscal. Conforme as investigações, eles praticaram o crime quando estavam em serviço no Posto Policial do Trevo de Santo Antônio de Leverger no dia 18 de maio de 2010. Após a Corregedoria da PM tomar conhecimento do fato através do Grupo de Atuação Contra o Crime Organizado (Gaeco) a dupla foi presa e autuada em flagrante.