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19/03/2012 - 20:56

Vila Bela completa 260 anos de fundação buscando preservar cultura

Por Assessoria

No Vale do Guaporé, no século 18, os irmãos Fernando e Artur Paes de Barros descobriram as minas de Mato Grosso, lugar que daria origem posteriormente, no ano de 1752, à Vila Bela da Santíssima Trindade, fundada por Dom Antônio Rolim de Moura, primeiro governante da recém-criada Capitania de Mato Grosso. Nesta segunda-feira (19.03), Vila Bela completa 260 anos de fundação cuja população vem tentando preservar as ricas tradições que fazem parte de sua história. O deputado estadual Airton Português (PSD) é representante da região Oeste e destaca a necessidade de estimular políticas públicas diante da importância do município na história de Mato Grosso. “A população de Vila Bela merece que o Estado olhe por ela com mais carinho, mais atenção. Que novas oportunidades para estimular emprego e gerar renda cheguem ao município, cuja população tem lutado ao longo da história para preservar sua cultura e as tradições”, comentou o parlamentar que participa das comemorações do aniversário da cidade nesta segunda-feira. História – Vila Bela foi por quase cem anos sede da Capitania de Mato Grosso, que havia sido criada para consolidar a posse do território português, impedir a invasão espanhola e evitar que o quilombo do Piolho se fortalecesse politicamente na região do Guaporé, uma faixa de fronteira cobiçada. A líder quilombola era Teresa de Benguela, que comandou uma comunidade com mais de três mil habitantes e recebeu migrantes índios, bolivianos e brasileiros, tornando-se núcleo multirracial com organização política. O temor da coroa portuguesa era que o quilombo tornasse um mercado binacional na faixa da fronteira Oeste com a Bolívia. Foi destacada uma bandeira fortemente armada para liquidar Teresa e seus quilombolas e segundo versão oficial, a líder foi presa e se suicidou. Com o passar dos tempos, Vila Bela da Santíssima Trindade, ao perder a condição de capital para Cuiabá, passou a chamar-se Matto Grosso. A decadência da cidade foi tão sensível, que a Assembleia Legislativa editou, em 1878, uma lei extinguindo o município, que foi, no entanto, vetada pelo presidente da Província João José Pedrosa. No período em que foi capital de Mato Grosso, a cidade obteve grande progresso devido aos investimentos em infraestrutura e incentivos fiscais para os novos moradores. No entanto, as dificuldades de povoar a região (distância, doenças, falta de rotas comerciais) e o estabelecimento de um importante centro comercial em Cuiabá acabaram forçando a transferência da capital em 1835. Cultura – No centro da cidade estão localizadas as ruínas de uma catedral do período colonial. Ela é um dos principais símbolos da cidade tombada pelo patrimônio histórico. Sofrendo a ação do tempo e depredação, pouco resta da antiga estrutura. Em 2006, o Governo do Estado instalou uma estrutura metálica para cobrir o que resta da catedral. O Palácio dos Capitães Generais é outro histórico prédio. Monumento do século 17 está situado no centro da cidade e guarda obras sacras, imagens e objetos da época da fundação da cidade. Atrativos Naturais – Região com extensa beleza natural, Vila Bela abriga atrativos como a Cascata dos Namorados, com 70 metros de altura. Por trás da cortina de água há um grande salão cavado na rocha que permite a contemplação da cascata de um ângulo inusitado. O Parque Estadual Serra de Ricardo Franco tem cachoeiras e cascatas de impressionante beleza, formando lagos de águas límpidas, próprias para banhos e mergulho. A região é adequada para a prática de esportes de aventura como rapel, treking e para caminhadas em meio à exuberante vegetação amazônica. (Com informações site MT e seus município e AMM)
 
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