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29/06/2009 - 00:00

Jayme e Santos fazem acordo e começam a bater no governo

Por Jornal Oeste

RDNEWS O prefeito da Capital Wilson Santos (PSDB) e o senador Jayme Campos (DEM) começaram, por Cáceres, a partir de um seminário realizado neste sábado, a unificar o discurso, com sinalização para alianças majoritárias rumo às eleições gerais de 2010. Tratam-se de dois líderes políticos que foram adversários ferrenhos nas décadas de 80 e 90. Santos era deputado estadual e, Jayme, governador. Este foi o primeiro encontro público do tucano com o democrata em que se discutiram temas e estratégias conjuntas visando ao pleito de 2010. Ambos já selaram pré-acordo para o nome que melhor pontuar nas pesquisas de intenção de voto ser o candidato do grupo a governador. Hoje, Santos levaria vantagem. Há uma outra possibilidade. Seria Jayme encarar a sucessão do governador Blairo Maggi e, Santos, concorrer a uma das duas vagas ao Senado. Mesmo com o quadro confuso nesta fase de pré-campanha e faltando 15 meses para as eleições, Santos e Jayme começaram a bater no governo. No fundo, querem atingir o provável adversário nas urnas, o vice-governador Silval Barbosa (PMDB), que deve assumir o Paiaguás já em janeiro e concorrer à reeleição com apoio de Maggi e da chamada turma da botina. No encontro de Cáceres, o pré-candidato tucano fez críticas pontuais ao governo do Estado e já lançou promessas, como de ampliar o número de cursos oferecidos pela Universidade do Estado (Unemat), com sede em Cáceres. Para o tucanato, fazer oposição à gestão Maggi não é tão traumática porque o PSDB é tido como opositor, em que pese sua bancada na Assembleia, composta hoje por Guilherme Maluf e Chica Nunes, agir mais como governista. Com Antero de Barros, o PSDB foi derrotado por Maggi nas últimas duas eleições para governador, em 2002 e 2006. Já no caso de Jayme, as divergências internas são maiores porque, em tese, o DEM é tido como aliado do Palácio Paiaguás e o próprio senador foi eleito numa "dobradinha" majoritária com Maggi. Seus líderes contam também com indicação de mais de 300 cargos, inclusive no primeiro escalão, como são os casos dos secretários Nelgo Egon (Desenvolvimento Rural) e José Aparecido, o Cidinho (Projetos Estratégicos), além da presidência da Empaer, sob Leôncio Pinheiro. As maiores resistências à ruptura são manifestadas pelos deputados, principalmente Gilmar Fabris, Wallace Guimarães e Dilceu Da Bosco. Não querem perder a "boquinha" dos cargos. De todo modo, os grupos começam a se juntar. Democratas e tucanos tentam construir uma aliança. Eles já têm como simpatizantes os petebistas que, em meio a troca de favores, ficariam com o comando da Prefeitura de Cuiabá, com o hoje vice Chico Galindo, considerando que o prefeito Santos tende a renunciar até abril para ter legitimidade como candidato ao Paiaguás. O PP do presidente da Assembleia José Riva sinaliza também para se juntar ao bloco. Silval deve liderar a corrente governista. Aquela que representará a continuidade da gestão Maggi. Ele sonha com apoio dos petistas. Correndo por fora e, isolados, estão o juiz federal Julier Sebastião da Silva (sem partido) e os deputados estaduais Otaviano Pivetta (PDT) e Percival Muniz (PPS).
 
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