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04/03/2012 - 09:24

CPI DO CAFÉ NO BULE: Câmara vota nesta segunda proposta para investigar Nortec

Por expressaonoticias

A instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) visando apurar possíveis irregularidades no serviço de abastecimento de água em Cáceres, a chamada “CPI da Água” ainda não está totalmente definida. Enquanto os vereadores Josias Modesto (PTB), Usias Pereira (PP) e Alvasir Alencar (PP), autores do requerimento, garantem que já tem votos suficientes para criar a comissão, por outro lado, o líder do prefeito, vereador Celso Fanaia (PSDB) aposta que a proposta será rejeitada. O Regimento Interno da Casa estabelece maioria simples para aprovação de ações dessa natureza. O presidente da Câmara só vota em caso de empate. O otimismo de Modesto, Usias e Alencar se justifica. Eles acreditam que a votação será de 5 a 3 em favor do grupo. Além dos três, contam com os votos do vereador Leomar Mota (PP) e do vereador José Élson Pires de Souza (PR) que, inclusive, já se manifestou publicamente. A vereadora Lúcia Gonçalves (PT) também estaria propensa a votar favorável a criação. Mudou de ideia depois que, recebeu orientação da bancada petista para votar contra. Apesar do otimismo e da matemática feita pelo trio, o líder do prefeito, demonstra tranquilidade. Celso Fanaia, que já conseguiu adiar a votação do requerimento que havia sido colocado em pauta na sessão do dia 23 de fevereiro, acredita que haverá mudança de comportamento de última hora. “Não existe nada definido. Creio que vamos conseguir conscientizar os demais vereadores que a CPI é totalmente desnecessária por ser politiqueira”. Ele argumenta que a função de CPI é investigar possíveis irregularidades de determinado objeto e enviar ao Ministério Público. No caso específico da Nortec, gerenciadora do sistema de distribuição de água na cidade, objeto da investigação, segundo ele, o MP já realizou todas as investigações a respeito e já tem todos os elementos para tomar as providências que julgar necessárias. “O MP já investigou e já tem as informações que necessita sobre o caso. Vamos pagar um mico se criar essa CPI”. Denúncia Os vereadores Modesto, Alencar e Usias, apresentaram o requerimento para criação da CPI após denúncias de possíveis irregularidades praticadas pela Nortec, gerenciadora do sistema de abastecimento de água na cidade, pela Revista Portal. A empresa conforme a reportagem teria praticado uma série de erros. Entre eles, de vender hidrômetros sem o fornecimento de notas fiscais e cobrar por recapeamento asfáltico, onde foram feitas ligações, com serviço executado com material e mão de obras da prefeitura. Na defesa a Nortec diz que as denúncias são infundadas. E, que só foram feitas ao Ministério Público porque a empresa se negou a fazer um anúncio, a preço exorbitante, com a revista. E, que seria uma forma de chantagem. Diretor da Nortec, o executivo Paulo Roberto explica que, no caso da venda dos hidrômetros sem nota fiscal, a empresa não especificava o valor na cobrança porque, segundo ele, era feito em um único pacote, quando havia um trabalho de ligação nova de água. “Na nota emitida sobre o serviço era inserida o valor do hidrômetro. Não havia uma nota separada”. Em relação a cobrança de recapeamento asfáltico, cujo serviço era executado com material e mão de obra da Secretaria de Obras, segundo a denúncia, o diretor diz que, isso ocorreu em um único caso. “A prefeitura realizava um trabalho de tapa-buraco e o operador da máquina resolver tapar o buraco nessa ligação”. E indaga: “Será que se a Nortec estivesse feito o anúncio com a revista esse senhor estaria nos denunciando?”. Paulo diz que o diretor da Revista Portal, resolveu denunciar ao MP depois que tentou sem sucesso vender um anúncio na empresa. “Ele nos procurou para que fizéssemos um anúncio da empresa na revista. Como o preço foi além das nossas possibilidades não fizemos. A partir daí, começou a nos perseguir” diz afirmando a empresa irá acionar a Revista Portal na justiça. Ferreira diz que, a acusação é uma tentativa da Nortec em desqualificar a denúncia. Afirma que existem provas consistentes sobre o que denunciou e que também irá acionar a empresa via judicial. “Eles vão ter que provar o que estão dizendo”
 
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