Jornal Oeste

O vereador e ex-presidente da Câmara, Leomar Mota (PP) e o ex-vereador e também ex-presidente, Célio Silva (PSB) garantem que não se enquadram na Lei da Ficha Limpa e que estão aptos a se candidatar nas eleições municipais de outubro. Embora Mota e Silva tenham tido as contas de suas respectivas gestões, reprovadas por um colegiado, no caso o Tribunal de Contas do Estado (TCE) os motivos, segundo eles, não foram improbidade administrativa e tampouco desvio de recursos, itens que conforme advogados especialistas em legislação eleitoral, caracterizariam como ficha suja ou limpa. Afirmam que estão contestando a condenação e que por isso os respectivos processos estão em fase de recurso. Mota e Silva acreditam que estão sendo vítimas de “perseguição política” orquestrada, segundo eles, por um órgão de imprensa ligado ao prefeito Túlio Fontes (DEM) candidato a reeleição. “Um órgão de imprensa (site Jornal Oeste) ligado ao prefeito Túlio Fontes, candidato a reeleição, tenta a todo custo, sem embasamento jurídico, desqualificar pessoas que fazem oposição a atual administração, plantando notícias infundadas” frisa Mota explicando que “eu meu caso não existe improbidade administrativa e nem desvio de recursos. As minhas contas foram reprovadas por pagamentos de diárias e sessões extraordinárias, sob orientação, da assessoria jurídica da Casa”. Na mesma linha de defesa Célio Silva diz que “o que está acontecendo é perseguição política”. Acrescenta que “as contas da Câmara na minha gestão foram reprovadas porque pagamos por sessões extraordinárias, já que tínhamos um parecer jurídico que nos assegurava esse direito que, posteriormente, foi derrubado” explica. Diz que se sente “indignado” com a atitude do responsável por esse meio de comunicação que, segundo ele, ao invés de informar, estaria levando a “desinformação” à população com fatos inverídicos. “Fico indignado com esse sujeito. Ao invés de informar ele está desinformando a população. Só noticia coisas que beneficiam o patrão. Porque ele não divulga que, na minha gestão devolvemos mais de 600 mil em recursos e até mesmo uma viatura para que a prefeitura usasse no serviço de prestação de saúde?” indaga. Contatado o jornalista Gonzaga Júnior, diretor do site Jornal Oeste, disse que não retira o que disse: “é um direito tanto de Leomar quanto de Célio pensar dessa maneira” afirmou acrescentando que “vamos aguardar o prazo de registro de candidatura para ver quem tem razão”. Em relação à acusação de que ele estaria agindo sob orientação do prefeito Túlio Fontes, de quem é assessor de Comunicação disse que “eu sei perfeitamente distinguir uma coisa da outra. Quem escreve e assina a coluna sou eu. Não existe nenhuma relação, nesse sentido, com o prefeito Túlio Fontes. Toda responsabilidade do que sai na coluna é minha” assegurou. De acordo com pesquisa feita pelo site, a confirmação da constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), com validade para as eleições deste ano afastaria vários pretensos candidatos, em Cáceres. Cita além dos ex-presidentes da Câmara, o ex-prefeito Ricardo Henry (PP), o ex-vice-prefeito, Manoel Ferreira de Matos e ainda os ex-vereadores Alcy Silva (PR), Gabriel Alves de Moura Neto (PSD) e o suplente de vereador Marcelo Cardoso (PR). Todos, conforme o site teriam sido condenados por crimes eleitorais, nas eleições de 2009, pelo TRE e por conta disso, estão inelegíveis por oito anos. Conforme o site, Henry, Manezinho, os ex-vereadores Gabriel e Alcy Silva e o suplente Marcelo Cardoso, só poderão voltar à política em 2017 e Célio só poderá disputar uma eleição em 2018 e Leomar em 2019.