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29/02/2012 - 09:25

Secretaria de Saúde torra R$ 2 milhões com “caixões” voadores

Por Redação 24 Horas News

A Secretaria Estadual de Saúde realizou uma despesa, na ordem de R$ 2 milhões, que vem sendo considerada esquisita: contratou uma empresa aérea para serviços de transporte aéreo de esquifes e também o fornecimento de oxigênio durante os voos para o transporte de pessoas mortas. A empresa contratada é a agência Confiança de Passagens e Turismo Ltda, antiga fornecedora do Estado. A revelação do negócio soa estranho principalmente se levar em consideração a preocupação externada pelo Governo quanto a qualificação dos gastos públicos e corte nas despesas para reduzir o déficit orçamentário, calculado em R$ 1,7 bilhão. Em seguidas reuniões, o governador tem pedido para que seus secretários maneirarem nas contratações. O negócio realizado pela Secretaria de Saúde deverá cair na chamada “malha fina” da Auditoria Geral do Estado, que tem como um de seus focos a avaliação e o monitoramento dos gastos da administração estadual. Segundo fontes do Governo, pode até vir a ser cancelada, já que, a princípio, a despesa não tem procedimento. A Secretaria de Saúde, a rigor, tem sido uma pedra no sapato do Governo. A política das Organizações Sociais de Saúde (OSS), implantadas pelo então secretário Pedro Henry, que deixou o cargo para retornar a Câmara dos Deputados, rendeu duros desgastes ao governador Silval Barbosa. Tanto político como também jurídicos. Prefeitos chegaram a se rebelar contra a falta de transparência na aplicação dos recursos e atraso nas transferências. A Justiça Federal chegou a determinar a saída de uma OSS do Hospital Metropolitano e suspender outros processos para outras unidades de saúde. E prometeu aplicar pesada multa contra o Estado. Para complicar mais ainda o segmento, atualmente, Mato Grosso é o único estado do Brasil com três sorotipos da dengue circulante. Relatório do Ministério da Saúde mostra que a população local está exposta ao DEN1, DEN2 e DEN4 e corre mais risco de contrair a forma grave da doença. A gestão pública investiga ainda se o DEN4 está presente nas cidades ao norte do Estado, como Sinop, Juara, Colíder e Sorriso. O primeiro caso foi identificado oficialmente pela SES este mês, em Várzea Grande.
 
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