Jornal Oeste

Marcos Lemos Da Redação Com um universo de 50 mil usuários, o MT Saúde, Plano de Saúde do Servidor Público e seus dependentes poderá se tornar uma grande dor de cabeça caso um impasse no Pregão Presencial não seja contornado. A licitação que tratava do gerenciamento do plano de saúde venceu e no novo processo, ainda não encerrado, um problema foi detectado, o preço da empresa Infoway ficou abaixo do que hoje é praticado, ou seja, os riscos da empresa não cumprir com os atendimentos são grandes, principalmente na área de saúde. Uma segunda empresa, a CRC, que atualmente gerencia o MT Saúde, entrou com um recurso administrativo que somente no decorrer desta semana será apreciado, e a empresa Infoway procurou o Tribunal de Contas para exigir que seja reconhecida sua proposta. O presidente da MT Saúde, Augusto Amaral, que trabalhou por 9 anos na Unimed, frisa que existe um risco da empresa vencedora não ter condições de honrar os compromissos, pois a preço de hoje os custos são de R$ 8,20 (oito reais e vinte centavos) por pessoa. "Fora isso na nova licitação foram inseridos dois novos serviços que devem ser custeados pela empresa vencedora, o Call Center (atendimento personalizado) e a Biometria (identificação de usuários por impressão digital)", disse, informando que o montante total do contrato é de R$ 5 milhões. Augusto Amaral, lembrou que a empresa de Teresina (PI), Infoway, apresentou uma tabela de preço de R$ 6,95 (seis reais e vinte e cinco centavos) um preço a quem da realidade e que pode prejudicar todo o processo licitatório, porque independente de quem vencer a licitação o menor preço é aquele que será utilizado. "Fora isso, a empresa Infoway que informou já gerenciar o Plano de Saúde dos Servidores do Piauí, não conhece a realidade local e ela apenas gerencia parte do serviço", explicou. No Brasil existem apenas 19 empresas aptas a gerenciar planos de saúde segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar e a Infoway não aparece como sendo uma delas.