Jornal Oeste

O senador Pedro Taques (PDT) critica o presidente da Assembleia e fundador do PSD no Estado, José Riva, e o vice-governador Chico Daltro, por entregarem os cargos ocupados pelo partido no governo de Silval Barbosa (PMDB). “Quem é pai de Mateus que embale Mateus, agora que o Estado está fazendo água, quer abandonar o barco? O PSD sugou a maioria do PP, que fez parte do governo desde 2003 e, de repente,...não sei... o cidadão tem que avaliar", alfineta o senador, ao vivo, no quadro RD Entrevista, da tv web RDTV, nesta sexta, com uma hora de duração. Taques cita o provérbio popular para lembrar que o PSD está ligado umbilicalmente aos últimos dois governos, o de Blairo Maggi (PR) e o de Silval, e que por isso não pode deixar de uma hora para outra de se responsabilizar pelo ônus e pelo bônus das últimas gestões. Riva e Daltro colocaram os cargos do PSD à disposição do governador na primeira sessão do ano na Assembleia, na última quinta. O anúncio surpreendeu Silval, que reagiu com descontentamento. "Não foi o momento oportuno". Em resposta, Riva disse que o posicionamento do partido foi tomado para facilitar a reforma no secretariado, se for o caso, pelo governador e o enxugamento necessário na máquina pública. Salientou ainda que a postura é coerente pelo fato do PSD ter sido criado após a nomeação dos secretários, que migraram para a nova pasta. A sigla está no comando da secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar, sob Zé Domingos Fraga, e do Centro de Processamento de Dados do Estado (Cepromat), com a gestão de Wilson Teixeira, o Dentinho. O partido também tem a possibilidade do deputado federal Eliene Lima retornar à pasta de Ciência e Tecnologia, que deixou no final do último ano para participar da apreciação do Orçamento Geral da União (OGU) na Câmara.