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19/01/2012 - 12:50

Inadimplência do Estado faz construtoras que trabalham para Unemat demitir trabalhadores

Por Renê Dióz/OLHARDIRETO

Depois das pequenas e médias empresas da indústria pesada, agora pelo menos dez construtoras que tocam obras do governo alegam estar sofrendo prejuízos de pelo menos R$ 10 milhões neste início de ano pelo não pagamento dos serviços que prestaram ao Estado. Algumas não recebem os valores referentes a medições de obras desde outubro e a falta de dinheiro em circulação já provocou a demissão de cerca de 500 trabalhadores em pelo menos dez municípios mato-grossenses. Representadas pelo Sindicato das Indústrias da Construção (Sinduscon), as empresas notificaram as secretarias de Fazenda, Cidades, Educação, Justiça e Segurança Pública em busca de esclarecimentos e de uma previsão de quando serão feitos os pagamentos. “Algumas empresas já não estão tendo condições de contornar a situação com os fornecedores. Elas estão praticamente financiando o Estado e isso é um equívoco”, criticou o presidente do Sinduscon, Cezário Siqueira, que enfatiza os danos causados pela inadimplência do governo em toda a cadeia produtiva. No interior, os danos são maiores porque os trabalhadores que acabam demitidos têm menos chances de serem reabsorvidos pelo mercado. Há obras e reformas paradas de escolas, penitenciárias, centros socioeducativos e unidades da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) em Cuiabá, Água Boa, Primavera do Leste, Juína, Cáceres, Sinop e Juara. O contingenciamento no governo estadual causa às empresas filiadas ao Sinduscon a mesma situação de dificuldade que continua afetando as empresas da indústria pesada, que realizam serviços como de pavimentação no interior do Estado. No início do mês, as empresas já denunciavam atrasos de 90 dias nos pagamentos por parte da Secretaria de Transportes e Pavimentação Urbana (Setpu). Como as demais pastas dependem dos repasses da Secretaria de Fazenda (Sefaz) para poder pagar as prestadoras de serviço, nesta quarta-feira (18) o Olhar Direto entrou em contato com a assessoria de imprensa do órgão em busca de previsão da liberação das verbas. Além de ainda não haver nenhuma previsão dos repasses, a assessoria informou que todo pagamento agora terá de ser previamente autorizado pelo governador Silval Barbosa, segundo decreto assinado pelo próprio e publicado esta semana no Diário Oficial do Estado (DOE). Com informações da assessoria de imprensa do Sinduscon-MT
 
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