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19/01/2012 - 09:22

Delegado admite dificuldade para esclarecer acidente de avião que matou três em Cáceres

Por expressãonotícias

Responsável pelo inquérito sobre a queda do avião monomotor prefixo PR-RGF, que matou três pessoas, no último sábado (14), entre elas, o ex-deputado Antônio Carlos Amaral, o delegado Rogers Elizandro Jarbas, irá ouvir, nos próximos dias, os moradores da fazenda São José. Eles teriam visto o avião fazer uma curva e, em seguida um estrondo, antes de cair e despedaçar na comunidade. O delegado admite que terá dificuldade em esclarecer o caso porque, todos os envolvidos no acidente morreram. E, além disso, conforme Regulamento Brasileiro da Aviação Civil, através da Resolução nº 169 de 24 de agosto de 2010, aviões com menos de 10 assentos, fora a tripulação, não dispõem de gravador de dados de vôo (caixa preta). “O trabalho não será fácil porque todos os passageiros morreram. Porém, creio que, após receber os laudos dos técnicos da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e os dados necrópsicos da Polícia Técnica (Politec) podemos concluir o inquérito e esclarecer o que aconteceu” afirmou o delegado lembrando que, a exemplo dos demais inquéritos, terá 60 dias para sua conclusão. O avião monomotor pilotado pelo ex-deputado Antônio Carlos do Amaral, caiu de bico e com o impacto despedaçou. Peritos que estiveram no local, na área da fazenda São José, localizado no distrito de Pé de Anta, tiveram dificuldade na identificação dos corpos porque estavam despedaçados por um raio de 80 metros do local da queda. Amaral e outras três vítimas do acidente foram sepultados no domingo, 15. Além do ex-político, que pilotava a aeronave, morreu na queda João Batista Paula de Carmo e Vitório Pereira dos Santos, o “Quarentão”, amigo pessoal de Amaral, que estava passando férias na cidade de Pontes e Lacerda. A queda do avião aconteceu por volta das 8h30. Chovia muito no momento. Pelas características, a suspeita é de que o piloto tentou fazer um pouso forçado. A aeronave acabou caindo dentro de uma área alagada. A aeronave saiu de Pontes e Lacerda e seguia para Cuiabá, capital do Estado e, posteriormente, seguiria para Santa Fé do Sul, em São Paulo, onde Amaral mantinha residência. Foram encontrados vários malotes com documentos. Em novembro do ano passado outro acidente aéreo vitimou 4 pessoas no Estado. Na data, o piloto e outros 3 passageiros de um monomotor morreram carbonizados após a aeronave cair em uma estrada vicinal, cerca de 10 quilômetros do município de Poconé. Estavam na aeronave o fazendeiro Wagner Martins, 46, seu filho Thiago Martins, 27, e os mecânicos Alcindo Bernardo Fogaça e Adeusdete Luiz Barboza, 50. A aeronave saiu do aeroporto do município, no final da tarde de sábado (12), e percorreu uma distância de 11 quilômetros, cerca de 3 minutos de voo antes de bater no solo.
 
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