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17/01/2012 - 12:48

Cursos do CEAF/UNOPAR tem aulas traduzidas para Libras

Por Jornal Oeste

Deficientes auditivos encontram no EaD aulas traduzidas para Libras. Objetivo é promover a inclusão social dessas pessoas. Maria Lúcia Mai, Cristina Amorim e Guilherme Fanticelli são colegas do curso de Pedagogia do Ensino á Distância (EaD) da Unopar no polo de Vitória (ES). Além do curso escolhido, eles têm em comum o fato de fazerem parte de um grupo de alunos com deficiência auditiva que estuda com a ajuda de um tradutor da língua Brasileira de Sinais (libras) nas teleaulas. Assim como eles, todos os deficientes auditivos que quiserem fazer um curso de graduação encontrarão, no EaDda Unopar, aulas traduzidas do português para Libras no momento em que a aula esta sendo transmitida, permitindo que o surdo tenha o pleno a todo conteúdo do curso. O objetivo da Universidade é promovera inclusão social dessas pessoas. O tradutor participa da teleaula que é gerada em Londrina PR e transmitida para os cerca de 450 polos do EaD da Unopar distribuídos por todos os Estados brasileiros. Atualmente, a instituição tem 40 alunos surdos. A tradução de uma língua oral-auditiva (o português ) para uma língua gestual-visual (Libras) leva em conta todos os aspectos morfológicos, semânticos, sintáticos e fonéticos necessários para possibilitar o melhor aproveitamento do aprendizado do aluno. O MELHOR APRENDIZADO Em alguns polos, como no caso de Vitoria (ES), além do tradutor da teleaula há mais dois intérpretesnas aulas presenciais, que são apresentadas uma vez por semana. A diferença entre tradutor de Libras e intérprete é que os tradutores têm que passar por um exame para que possam atuar como profissionais da área. O interprete tem conhecimento em Libras, mas não possui certificação. Além de cursarem a graduação em Pedagogia, os alunos Maria Lúcia, Ingrid e Guilherme trabalham como intérpretes. Eles concordam que o EaD foi uma excelente oportunidade para realizar um curso de graduação, pela praticidade do horário de estudo e pela presença do tradutor nas teleaulas e do intérprete nas aulas presenciais. “Tenho muita dificuldade com as palavras e o tradutor me auxilia muitono curso“, afirma Maria, que trabalha na Secretária de Educação e quer terminar o curso de Pedagogia para continuar trabalhando no ensino com surdos. A aluna Ingrid Amorim trabalha com alunos ouvintes na Escola Oral-auditiva.A expectativa dela após terminar o curso é trabalhar ensinando crianças surdas. Para ela, a presença da intérprete é fundamental. “Tenho muita dificuldade de me entrosar. Com a presença da intérprete, me sinto mais segura e consigo me expressar melhor”, afirma. A dificuldade de se relacionar com a turma também é o caso do aluno Guilherme BoechatFanticelli, instrutor de alunos surdos que, assim como Maria Lúcia, trabalha na Secretaria da Educação. “Tenho muita dificuldade de interagir com a turma e ela me ajuda muito nesse sentido”, conta. A coordenadora do curso de Pedagogia, Melina Klaus, acredita que a inclusão desses alunos remete á missão da Unopar, que é gerar e aplicar conhecimento em benefício de todos, por meio de uma educação socialmente responsável. “A Universidade entende que é imprescindível oportunizar a todos os alunos uma formação de qualidade em um contexto inclusivo”, enfatiza. TRADUTORES ESPECIALIZADOS Para implantar esse projeto, a Universidade buscou profissionais capacitados, tradutores especializados aprovados no exame Prolibras, do Ministério da Educação e Integração dos Surdos – Feneis. Atualmente, a Unopar tem quatro tradutores. Um deles é Antonio Nilson Alves Viana, que tem 10 anos de experiência na área. “Acredito que o intérprete valoriza a oportunidade de estudo para os surdos”, afirma. (Fonte: Unopar em revista – dezembro de 2011)
 
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