Jornal Oeste

O início da vida sexual é um momento marcante na adolescência, pois o exercício da sexualidade exige consciência, cuidado e auto-estima. Por isso, é fundamental ter maturidade e buscar informações corretas sobre o funcionamento do aparelho reprodutor masculino e feminino e como se prevenir de conseqüências não planejadas como gravidez, DST/AIDS. Neste sentido, no dia 10/12, a socióloga Josiane Magalhães (professora) e universitárias da UNEMAT, palestraram sobre sexualidade, para os jovens integrantes do projeto Guarda Mirim. De uma forma descontraída e brincalhona, elas falaram sobre sexualidade precoce, métodos contraceptivos, gravidez na adolescência, exame pré-natal, doenças sexualmente transmissíveis, entre outros assuntos relacionados ao tema. Os adolescentes participaram da palestra trazendo exemplos, discutindo e perguntando e esclarecendo dúvidas, onde por aproximadamente duas horas de explanações, deixou claro que: - orientações sadias previnem gravidez precoce; - protege contra abuso sexual; - desenvolve valores morais e éticos; - diminui a ansiedade e a curiosidade da criança e do adolescente nessas questões, fornecendo fonte segura de informações; - fornece bases morais sólidas para futuras escolhas afetivas; e - promove amadurecimento sem traumas, tabus, preconceitos ou medos. Foi possível perceber ao final desse processo um aumento no nível de informações dos adolescentes participantes, favorecendo assim, a adoção de práticas de credibilidade das ações preventivas, posturas seguras e assertividade, bem como que o corpo docente passe por uma capacitação profissional mais ampla, com relação ao conteúdo tanto técnico-científico como metodológico e vivencial. Quando se fala em sexualidade, pressupõe-se falar de intimidade, uma vez que ela está estreitamente ligada às relações afetivas. A sexualidade é um atributo de qualquer ser humano. Mas para ser compreendida, não pode ser separada do indivíduo como um todo (...) [a sexualidade] é moldada e expressa concretamente nas relações que o sujeito estabelece, desde a mais tenra idade, consigo mesmo e com os outros. O Censo de 2000 do IBGE, nos anos de 1993 e 1999, houve um aumento de 30% do número de partos feito no SUS em adolescentes mais jovens, na faixa etária de 10 a 14 anos. O número de adolescentes grávidas cresce a cada dia e, uma gravidez sem planejamento acaba gerando muitos problemas, como o despreparo das mães, a evasão escolar, entre outros, destacou a professora. Além disso, segundo as alunas, as doenças sexualmente transmissíveis também preocupam. “Os jovens insistem em não usar camisinha. Eles precisam entender que ela não apenas evita gravidez, mas, principalmente, previne quanto as DSTs”, alertaram. Para que os Guardas-Mirins saíssem da palestra realmente informados, elas demonstraram como se usa a camisinha masculina, momento que despertou muita curiosidade e atenção.