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23/06/2009 - 00:00

Estado contrata oito aviões para combater incêndios florestais

Por Jornal Oeste

Assessoria Com o término do período das chuvas, o mês de julho traz de volta a Mato Grosso a preocupação com os incêndios florestais e urbanos. O Estado já anunciou a proibição das queimadas a partir do dia 15 e a efetivação do Grupo Especial de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais tentando combater o problema. No conjunto de ações, o Governo afirmou que serão investidos R$ 4,5 milhões em ações de conscientização, na aquisição de equipamentos e em uma melhor articulação com os municípios. Sobre as prefeituras, o secretário de Meio Ambiente, Luis Henrique Daldegan, foi enfático ao cobrar o papel das administrações municipais no combate ao fogo florestal. Ele ressaltou que é dever do município facilitar e incentivar a formação de brigadas rurais, de fiscalizar as queimadas urbanas, de conscientizar a população. Para Daldegan, o Estado tem como prioridade e dever cuidar de suas áreas de preservação permanente. Na parte operacional, este ano está prevista a locação de oito aviões específicos para o combate aos incêndios florestais, cinco a mais que em 2008. São sete com capacidade de transportar 1.500 litros e um que carrega três mil litros. Segundo o tenente coronel Alessandro Borges Ferreira, do Corpo de Bombeiros, serão montados três pontos de apoio aéreo em Mato Grosso, um na capital, outro em Sinop e o último em Água Boa. "Serão mobilizados 100 bombeiros para atuar no Grupo Especial, o dobro do que tivemos em 2008. Teremos 20 veículos para locomoção de nosso pessoal até onde o foco estiver. A estrutura está muito melhor agora", disse. Química contra queimada A ciência também está entrando em cena para diminuir o avanço do fogo em Mato Grosso. O superintendente da Defesa Civil, Major Aguinaldo Pereira, adiantou que o Governo está adquirindo 30 toneladas do Licet-F, produto fabricado pela empresa Rio Sagrado Industrial Química Ltda, de Curitiba. Dissolvido em água, a utilização do composto químico permite que cada litro evite o avanço da queimada em uma área aproximada de três a quatro hectares, conforme o relevo e a vegetação do local. O produto é biodegradável, atóxico, não é corrosivo e, tem a mesma viscosidade e densidade da água, o que facilita a sua aplicação por terra ou ar, e não causa danos ao ser humano e nem ao meio ambiente. Além de agredir o meio ambiente e a saúde da população, a queimada não autorizada pela Secretaria de Meio Ambiente é crime. O secretário da pasta, Luis Daldegan, destacou que foram aplicados aproximadamente R$ 900 milhões em multas em 2008. "As punições estão ainda em fase de defesa. Mas quem está no campo sabe que a fiscalização está em cima", alertou. Para os incendiários mais insistentes, a nova arma dos fiscais é a máquina fotográfica aliada ao GPS. Toda vez que os bombeiros forem até um incêndio, toda a área será georeferenciada e fotografada. As provas serão anexadas ao processo que resulta nas multas contra os infratores.
 
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