Jornal Oeste

O prefeito de Cáceres, Túlio Fontes, aproveitou a visita da cúpula da Defesa Civil Estadual à cidade nesta quarta-feira, 30, para comunicar oficialmente ao órgão os riscos do rio Paraguai romper a BR 070, em um trecho após a Ponte Marechal Rondon, no perímetro urbano da cidade. A rodovia também é o principal acesso terrestre aos estados da Amazônia ao centro do país. O prefeito entregou cópias de ofícios enviados ao ministério dos Transportes e ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), desde 2009, onde relata o problema e cobra providências. No ano passado, a pedido do prefeito, o DNIT enviou técnicos à Cáceres para avaliar a situação. Na época, os técnicos constataram a gravidade da situação e prometeram levar o fato ao conhecimento do governo federal. Passado mais de um ano nada foi feito. “A nossa preocupação é que o rio continua avançando rapidamente em direção à rodovia”, alertou o prefeito. Pesquisas feitas por vários técnicos, entre eles o doutor Aguinaldo Silva, da UNESP, da doutora Célia Alves de Souza, do mestre Alex Jorge da Silva e Davi Rezende de Freitas, da Unemat e do engenheiro Adilson Reis, da UFMT, indicam que a erosão provoca um recuo das barrancas entre três e cinco metros, anualmente. Isso indica, que em menos de cinco anos, o rio pode alcançar e romper a rodovia. Durante a reunião com os integrantes da Defesa Civil, o superintende do órgão tenente coronel Sérgio Roberto Delamônica, sugeriu ao município a criação da Coordenação Municipal de Defesa Civil, vinculada ao gabinete do prefeito. Ele disse que está percorrendo o Estado sugerindo que as prefeituras criem as coordenadorias para substituírem as comissões municipais que só atuam esporadicamente. O chefe da Defesa Civil, explica que as coordenadorias são importantes porque podem promover ações permanentes de previsão e combate calamidades publicas como os alagamentos e a dengue. Além disso, ele diz que o órgão teria poderes para convocar a sociedade e órgãos de segurança para atuar nas ações. O prefeito considerou a proposta interessante, porém explicou que neste momento ela esbarra nos limites de gastos com pessoal. Apesar disso, ele determinou ao procurador geral, Ricardo Quida, que estude meios legais para colocar a idéia em pratica. Participaram da reunião Gerente de Avaliação de Danos, capitão Jean Carlos Pinto de Arruda Oliveira, Élide Mazen, Raul Catunda Neto o novo coordenador de Atendimento a Acidentes Ambientais, o capitão do exército Samir Silva, os tenentes do Corpo de Bombeiros, Abenildo Silva e Rogério Quinteiro Barcellos, os secretários Sandro Miguel da Silva Paulo (Sematur), Arlene Alcântara (Saúde), Duda Barros (Governo), Vânia Sacramento (Administração), José Bento da Luz (Brito), Tarcísio Paulino (Obras), o vice-prefeito Wilson Kishi.