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23/06/2009 - 00:00

Friboi-JBS de Mato Grosso recebeu dinheiro de corrupção

Por Jornal Oeste

Agência Câmara Redação 24 Horas News A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) investigação sobre empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para frigoríficos. Uma das empresas a serem investigadas é o Frigorífico Friboi, de Mato Grosso, que teria recebido R$ 300 mil por intermédio do esquema de corrupção. Na Proposta de Fiscalização e Controle 65/08, o deputado Ernandes Amorim (PTB-RO) afirma que, na operação Santa Tereza, a Polícia Federal revelou uma quadrilha que cobrava propinas para intermediar empréstimos junto ao banco oficial. A denúncia contra a Friboi foi publicada em maio do ano passado pelo jornal "O Globo". Para o relator, deputado Moreira Mendes (PPS-RO), ainda que as denúncias contra o BNDES não tenham sido comprovadas, os financiamentos da instituição ficaram sob suspeita. Embora o pedido não estabeleça o período a ser investigado, Moreira Mendes propôs que fiscalização cubra o período de 2005 a 2009, "com o propósito de estabelecer um foco para o trabalho". O deputado afirma ainda que haveria queixas de que o BNDES beneficia os grandes frigoríficos e promove a concentração no setor. A Friboi é um dos frigoríficos investigados pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal na "Operação Abate", deflagrada na semana passada, e que resultou na prisão preventiva de 22 pessoas acusadas de favorecer empresas do ramo. Em comunicado enviado nesta quarta-feira ao mercado, o Friboi nega ter qualquer tipo de ligação a crimes associados ao inquérito que investiga a Superintendência Federal da Agricultura em Rondônia ou em qualquer outro Estado. “A JBS recebeu a Polícia Federal e contribuiu para a investigação, que coletou documentos relacionados a Inspeção Federal bem como relatórios de auditorias, licenças de operações da Unidade, entre outros. Vale ressaltar que nenhum dispositivo de armazenamento de dados eletrônico, computador ou qualquer tipo de equipamento da JBS foi apreendido, pois não foi encontrada nenhuma evidência de crime”, anotou a empresa. Em Cuiabá, os empresários José Almiro Bihl e seus filhos Ricardo e Márcio Bihl, operadores do Curtume Araputanga, de Mato Grosso, foram presos na fila de embarque de um vôo que partiu para Brasília.
 
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