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23/06/2009 - 00:00

Prefeitura de Porto Esperidião quer difusão da cultura chiquitana

Por Jornal Oeste

Assessoria O prefeito de Porto Esperidião, Martins Dias de Oliveira (PR), está empenhado na promoção da cultura do município e, logo no início de sua gestão, já protocolou dois projetos culturais que, se aprovados, trarão benefícios à população local, além de difundir o artesanato e os patrimônios Histórico e Imaterial do Mato Grosso. À Secretaria Estadual de Cultura foi enviado o projeto “Curussé 2010”, a fim de incrementar essa tradição ritualística, enquanto que, ao Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (IPHAN), a prefeitura enviou projeto focado à Transmissão de Saberes, através de Oficinas de Artesanato Chiquitano (cerâmica, redes de dormir, instrumentos musicais e utensílios de palha e madeira). “Nossa gestão irá valorizar a cultura da mesma forma que outros setores, como saúde, educação e saneamento, onde promovemos muitas ações. Além disso, também quero ser lembrado como um gestor da preservação, sobretudo nos níveis cultural e ambiental”, explicou Martins Dias. Às margens das sombras do rio Jauru, o Porto, como é chamado, tem seu nome fincado na história mato-grossense, desde à época do desbravamento do interior do estado, pela Comissão Rondon, que fundou uma Estação Telegráfica no local, em 1906. Durante décadas, depois da extinção do posto dos Correios, que durante anos funcionou na parte antiga da cidade, a construção esteve abandonada, vindo a ser restaurada em 2007, a fim de abrigar a sede do Departamento Municipal de Cultura e Turismo (DMCT). A preservação histórica, portanto, é um dos motes da cultura local. “Queremos recuperar o que sobrou da ponte velha, de madeira, feita na primeira metade do século passado, além de resgatar as tradições do povo Chiquitano, como o Curussé e o artesanato, ainda mais agora, que eles têm sua reserva indígena demarcada dentro de nosso município, no Portal do Encantado”, frisou o prefeito. Outros projetos em elaboração pela equipe da DMCT local, em parceria com a Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), serão destinado à Fundação de Amparo à Pesquisa do Mato Grosso (Fapemat) e ao Ministério da Cultura (Minc). A equipe da SMC, através do secretário Ronaldo Mandela, trabalha na elaboração de um projeto de extensão com pesquisador e coordenador da UFMT, em parceria com a Associação Indígena Chiquitano, a fim de promover, divulgar e, posteriormente, comercializar o artesanato. “O resgate das tradições chiquitanas, que são marcantes em nossa região, será prioridade para nós, pois, com isso, podemos preservar e repassar valores que estão em processo de esquecimento”, argumenta o secretário Mandela. As tradições culturais dessa sociedade é tema de pesquisa, na UFMT, em andamento no mestrado em Política Social, de onde sairá a coordenaria técnica do projeto. “O envolvimento institucional também trará vantagens para todo mundo daqui”, assegura Ronaldo, relata o secretário, ressaltando que a aproximação com os indígenas é pauta da SMC. Desde o início dessa semana, uma funcionária do Museu Histórico do Mato Grosso, onde o prefeito Martins também visitou o diretor Aníbal Alencastro, está no município, com vistas à elaboração de um relatório de fotos e de entrevistas sobre os potenciais históricos do local. “Esse levantando irá compor um acervo de informações já existente no estado, além de, futuramente, servir de base à elaboração de um projeto de criação de um museu na cidade”, disse Loacir Pitmann, auxiliar administrativa do museu.
 
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