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19/06/2009 - 00:00

Representantes da Adunemat criticam ausência de reitor em audiência publica realizada pela Câmara de Vereadores de Cáceres

Por Jornal Oeste

Gonzaga Júnior Da Assessoria O reitor Taisir Karim não compareceu a audiência publica requisitada pelos vereadores Lucia Gonçalves (PT), Alonso Batista (PT) e Celso Fanaia (PSDB) para debater a crise política que se instalou há vários meses na Unemat e o evento acabou se transformando em um festival de criticas ao reitor, a classe política, a sociedade organizada e principalmente a imprensa cacerense. As primeiras criticas foram disparadas pelo presidente da Associação dos Docentes da Universidade (Adunemat), Otavio Chaves. Ele criticou o presidente da Câmara, vereador Leomar Mota (PP), por ter defendido a realização da audiência e não comparecer ao evento. Otávio repudiou a ausência do reitor e disse que não se surpreendeu com a atitude porque isto é uma pratica comum na sua administração. “Ele não tem coragem de nos enfrentar”, enfatizou criticando o fato de o reitor ter enviado uma mensagem em vídeo para ser exibida na audiência. O dirigente sindical criticou ainda a imprensa, em especial a cacerense. Ele negou que o movimento seja restrito e político. “Essa crise está instalada desde o primeiro mandato da atual gestão”, lembrou. Mas, as criticas mais contundentes foram feitas pelo professor Domingo Sávio Garcia (foto). Além de criticar o reitor Taisir Karim, exaltado, ele criticou a sociedade organizada e os vereadores que não compareceram a audiência. Para o professor esta é uma demonstração de que a maior parte da classe política e da sociedade não está preocupada com a situação da Unemat. Domingos Sávio, usou uma parábola para justificar os argumentos do reitor Taisir Karim e do Deputado Estadual José Riva (PP), que estão pregando que o movimento é político e que pode culminar com o enfraquecimento da Universidade e a saída da sede administrativa de Cáceres. “Eles fazem terrorismo e tentam enganar a opinião publica desviando o foco do problema”, disparou, acrescentando que o movimento jamais permitirá que a Unemat seja divida e a sua administração saia de Cáceres. O professor criticou duramente a imprensa cacerense. Domingos Sávio chamou os veículos de comunicação da cidade de covardes por estarem apoiando as irregularidades praticadas por Taisir Karim. Aos gritos, ele disse que o tempo mostrará a verdade e que o movimento será vitorioso. Além de professores, acadêmicos dos campi de Cáceres e Sinop também se manifestaram durante a audiência. Hugo Silva do Centro Acadêmico de Direito do Campus de Cáceres disse que a luta dos estudantes é para que as coisas funcionem na Unemat. “Não queremos enfraquecer a Universidade”, destacou. Já o professor Roberto Arruda, cacerense lotado no Campus de Sinop, criticou o reitor ao afirmar que Sinop não quer a divisão da Unemat. Ele disse que a luta do Campus é para que a Universidade funcione. O professor criticou o governo do Estado por não tomar providencias em relação à crise e chamou o Secretário de Ciência e Tecnologia Chico Daltro de mentiroso. A acadêmica Graciele Silva do DCE de Sinop também afirmou que o Campus na trabalhar a divisão da Unemat e a mudança da sede de Cáceres. Ela disse que estas questões nunca foram colocadas na pauta das discussões da crise. A acadêmica disse que o reitor é incompetente e não sabe administrar a Universidade. Já as criticas do professor Acir Montecchi, chefe do Departamento de História do Campus de Cáceres foram concentradas no coordenador do Campus de Cáceres. Montecchi criticou o fato de Adriano Silva estar priorizando obras de infra-estrutura. “Ele e o Taisir acham que levantar paredes é construir a Unemat. Há cinco anos não se compra um livro para o Campus Cáceres”, atacou. Em sua manifestação, o acadêmico Rafael Souza vice-presidente do DCE de Cáceres criticou as condições dos laboratórios do Campus. Ele disse que a situação é precária. Ele criticou a falta de ônibus para levar os acadêmicos à Cidade Universitária e criticou a piscina do futuro Campus que segundo ele não é olímpica como diz o reitor. O acadêmico entregou um documento a vereador Lucia Gonçalves onde constas denuncias de irregularidade na Universidade inclusive em relação a professores de Direito que possuem dedicação exclusiva, mas mantém escritórios de advocacia na cidade. Em uma rápida manifestação, o professor Luiz Jorge do Departamento de Direito do Campus de Cáceres criticou a ausência do reitor Taisir Karim e afirmou que o movimento oposicionista será vitorioso. Já o professor Jânio Souto do Campus de Cáceres, aproveito a oportunidade para denunciar o uso de servidores terceirizados no Campus. Ele disse que o sindicado dos servidores não pode permitir isso. Por sua vez o professor Clementino de Souza, criticou as condições de trabalho do Campus de Cáceres e disse que o reitor Taisir Karim e sua equipe são péssimos administradores. O acadêmico Walber Zacarkim do Campus Cáceres, direcionou suas críticas a Cidade Universitária. Para ele as obras são mal feitas e mal plenejadas. Já o vereador Celso Fanaia disse que enquanto estiver na Câmara estará engajado na luta em defesa do fortalecimento da Unemat. “Nosso papel é ouvir todas as partes e buscar o entendimento”, argumentou, acrescentando que a Câmara ganhou em promover a audiência publica. Por sua vez a vereadora Lucia lamentou a ausência da maioria dos colegas vereadores e disse que assim como Celso Fanaia continuará engajada na luta em defesa da Unemat. A vereadora agradeceu a presença de Celso Fanaia e justificou as ausências dos vereadores José Élson Pires (PR) e Alonso Batista (PT). Durante a audiência o advogado Jose Roberto Galhardo, assessor jurídico do deputado estadual Alexandre César (PT), leu um panfleto, distribuído à platéia, onde o parlamentar desmente as informações veiculadas pela mídia de Cáceres dando conta de que ele quer a divisão da Universidade e a saída da sua administração de Cáceres. No encerramento da audiência, o presidente da Adunemat lembrou que no próximo dia 29 o Conselho Curador da Universidade se reúne em Cáceres para homologar o novo estatuto da Unemat. Ele afirmou que se não houver a homologação do estatuto haverá uma greve geral na Universidade.
 
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