Jornal Oeste

O presidente estadual do PP e vice-presidente nacional da legenda, Pedro Henry, já está participando ativamente do processo eleitoral que definirá o novo prefeito de Cáceres, cidade-pólo da região Oeste, onde tem base eleitoral. Depois de ver o irmão Ricardo Henry perder o comando da cidade sob acusação de abuso de poder econômico na campanha de 2008 e ser declarado inelegível pela Justiça Eleitoral, Pedro Henry passou a buscar novas lideranças no PP e nos partidos aliados com possibilidade de derrotar o prefeito Túlio Fontes (DEM). "Meu irmão não é mais candidato, ele tem agora um papel administrativo na família", explica Pedro Henry, que está licenciado desde o começo do ano da Câmara Federal para comandar a secretaria estadual de Saúde. Junto com o PMDB, Henry já forma um bloco de oposição à atual administração da cidade. Lideranças da coligação já realizam reunião. Há três nomes para a disputa, um deles é o vereador Leomar Mota, que disputou a eleição para deputado estadual em 2010 e teve mais de 10 mil votos. Os outros dois nomes são do PMDB. Um deles é o reitor da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), Adriano Aparecido Silva. Outro peemedebista com chances de entrar na disputa é Francis Maria da Cruz, que preside a legenda em Cáceres. Em Cuiabá, o vereador Deucimar Silva já colocou o seu nome à disposição do PP para ser candidato a prefeito. Henry não parece animado com a possibilidade. "Todos os filiados têm a prerrogativa de colocar candidaturas prévias, obviamente que este assunto não me preocupa neste momento. Nós temos até maio do ano que vem para tomar qualquer tipo de definição”. Em contraposição ao cenário de Cáceres, Henry demonstra parcimônia ao falar em pré-candidatos em Cuiabá. Ele tenta justificar que, neste momento, a preocupação excessiva com o afunilamento de nomes não é saudável. “Agora nós temos é que organizar e elencar um time para jogar daqui pra frente e o que me preocupa nesse momento são as filiações. O prazo termina no final do mês de setembro e a minha concentração política tem sido nesse sentido", desconversa, numa demonstração de resistência ao nome de Deucimar. Na avaliação de Henry, a densidade política do ex-presidente da Câmara de Cuiabá precisa ser avaliada por meio de pesquisas.