Jornal Oeste

Apenas uma escola da rede pública de ensino está entre as 10 melhores de Mato Grosso com mais de 75% de participação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2010. O Ministério da Educação (MEC) divulgou o desempenho das escolas e na lista das melhores pontuações no estado, cinco são de Cuiabá, uma é de Lucas do Rio Verde, uma de Barra do Garças, duas de Sinop e a outra é de Cáceres. O Ministério da Educação mudou o critério de divulgação das notas por escola do Enem. Foram criadas quatro categorias de acordo com a porcentagem de participação no Enem 2010: Grupo 1: de 75% a 100% (17,8% das escolas) Grupo 2: de 50% a 74,9% (20,9% das escolas) Grupo 3: de 25% a 49,9% (33% das escolas) Grupo 4: de 2% a 24,9% (27,4% das escolas) De acordo com a nota técnica divulgada pelo MEC, não se deve misturar as categorias para comparação de desempenho entre as escolas. As escolas que tiveram menos de 2% de participação não foram consideradas. De acordo com o MEC, a média de participação dos estudantes no Enem 2010 foi de 56,4%. No topo do ranking em Mato Grosso está o Colégio Maxi, em Cuiabá, que obteve uma média total de 658,89 pontos no Enem 2010, soma dos resultados na prova objetiva e redação feita pelos estudantes do último ano do ensino médio, e ocupa a 440ª posição no ranking do Brasil. O Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), campus Cuiabá, está em 3º lugar no estado com 636,13 pontos, sendo a única escola da rede pública no ranking das 10 melhores notas do estado, e que ocupa a 986ª posição nacional. À sua frente, como segundo colocado, está o Centro Educacional Piaget Ensino de Primeiro e Segundo Graus, de Lucas do Rio Verde, a 350 km de Cuiabá, com 647,68 pontos. Entre a quarta e a décima posição no ranking estão: Instituto Madre Marta Cerutti (Barra do Garças); Escola do Farina (Cuiabá); Colégio Salesiano São Gonçalo (Cuiabá); Colégio Regina Pacis (Sinop); Colégio Notre Dame de Lourdes (Cuiabá); Colégio de Educação Básica Cristhiane Archer Dal Bosco (Sinop) e Colégio Imaculada Conceição (Cáceres). No extremo oposto do ranking, figura a Escola Maria Macedo Rodrigues, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. Ela obteve o pior desempenho no Enem 2010 do Grupo 1 com uma média final de 485,55 pontos. No ranking das 10 escolas de Mato Grosso com menores notas, seis são instituições públicas e quatro delas privadas. Segue na lista como segunda colocada a Escola Estadual Elmaz Gattas Monteiro, também em Várzea Grande, com 498,12 pontos. Logo abaixo está a Escola Francisco A. Ferreira Mendes com média total de 510,66. O desempenho negativo das estaduais no Enem não é uma tendência apenas em Mato Grosso, mas nacional. Porém, revela o tamanho do desafio que os governadores eleitos terão de enfrentar diante do ensino oferecido pelos estados. Em discursos, o próprio ministro da Educação, Fernando Haddad, chamou a atenção relacionando o baixo desempenho dos alunos à falta de investimentos dos governos. Ranking com frequência acima de 50% No rol de instituições públicas, o cenário negativo se consolida ao analisar que as 10 escolas de Mato Grosso que obtiveram as piores notas com mais de 50% de participação no Enem 2010 são estaduais. A maioria delas é do interior do estado. A Escola 7 de Setembro, em Rondonópolis, a 220 km de Cuiabá, que, com 462,04 pontos, ficou com a pior colocação do ranking do Enem no estado. Logo acima está a Escola Juscelino K. de Oliveira, também no interior do estado, com 467,16 pontos. Na terceira colocação está a Escola Regina Tenório de Oliveira, em Porto Estrela, a 198 km da capital, com 470,96 pontos de média. Na quarta posição está a Escola Cândido Portinari, que obteve 473 pontos, ao passo que a Escola Tancredo de Almeida Neves atingiu 475,33 de média geral. Da sexta à décima posições estão as escolas Francisco Saldanha Neto (476,8); Nossa Senhora da Guia (481,32); Min. Petrônio Portela Nunes (481,5), Santo Antônio do Leste (487,16) e Conquista D’Oeste (490,21). Por outro lado, quatro escolas públicas foram apontadas pelo MEC na lista das 10 escolas com melhor desempenho no estado do Grupo 2. Seis delas são privadas e o destaque é a Escola Presbiteriana de Alta Floresta, a 800 km da capital, que conseguiu alcançar 619,95 pontos. Na segunda colocação está o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), campus Bela Vista, com 615,82. O IFMT também lidera o ranking na 6ª e 9ª posição, nos campi de Cáceres (566,48) e São Vicente (561,71), respectivamente. A Sociedade Educacional Maringá SC LTDA desponta na terceira colocação com 585,96 de média e, em seguida, o Instituto Educacional Shalom, com 577,42 pontos. O Colégio Adventista do CPA II, na capital, também está no ranking com 574,56 pontos. A outra escola pública que figura entre as melhores é a estadual José Bejo, que obteve 565,38 de média e se coloca na 7ª posição. O Centro Integrado Educar e o Colégio Pentágono somam 564,18 e 554,38 pontos, respectivamente. O Enem substitui ou complementa vestibulares em dezenas de universidades federais. O exame também seleciona bolsistas do ProUni (Programa Universidade para Todos), dá certificado de conclusão do ensino médio a quem não cursou a rede regular de ensino e orienta pais e responsáveis sobre o nível de aprendizagem na instituição onde o filho estuda. Clique aqui e confira o ranking das melhores e piores notas obtidas pelas escolas do estado