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06/09/2011 - 09:55

Projeto da Unemat promove inclusão digital para pessoas da terceira idade em Cáceres

Por Elaine Tortorelli

Proporcionar a inclusão digital de pessoas a partir 60 anos, é o que oferece o projeto de extensão desenvolvido pela UNEMAT – Campus Universitário “Jane Vanini” em Cáceres por meio do Departamento de Computação.Coordenado pela professora Maricy Caregnato, o projeto intitulado “A melhor idade na Internet: Inclusão digital” atende 35 alunos a partir dos 60 anos com um curso básico onde eles aprendem a acessar sites, escrever e enviar e-mail e anexar fotos e outros arquivos e até a participar do universo das redes sociais. O projeto que está na sua quarta edição surgiu a partir da necessidade constatada pelos coordenadores em proporcionar para as pessoas que estão na faixa etária considerada terceira idade, instruções mínimas para se integrar ao universo da rede mundial de computadores, a Internet . Para muitos, o curso é uma forma de promover reencontros e amenizar a saudade de familiares que estão em outros estados e até em outros países, como é o caso de Antonio Carlos Crispim, de 76 anos, que depois de ingressar no curso já faz planos de adquirir um computador para se comunicar com os netos que moram na Espanha. Entusiasmado com a nova descoberta, o aposentado diz que a dificuldade maior é assimilar os comandos do teclado e do mouse. Barreira que ele afirma que irá vencer. A procura pelo projeto é grande, foram mais de 50 inscritos inscritas nesta edição do projeto como contou professor Romeu Northfleet Júnior, docente do Departamento de Computação e integrante da equipe do projeto. O conhecimento compartilhado nas aulas semanais dão também confianças para muitos alunos a vencer a insegurança nas tarefas do dia a dia que utilizam como ferramenta o computador, como é o caso dos serviços bancários realizados em caixas eletrônicos. Amor de vó Ana Maria Lopes Almeida(65 anos) está adorando o curso. A aposentada que pela primeira vez está tendo contato com o computador , comemora e diz não ter dificuldade em aprender a manusear a máquina. “Antes eu tinha receio de estragar, fazer alguma coisa errada, mas agora já sei mexer, ligar e desligar o computador. Quero aprender agora a pesquisar receitas e artesanatos”, revelou. Para Ana Maria o impulso para participar do curso veio de uma necessidade primordial que foi de acompanhar a neta nas tarefas escolares que utilizam a internet como fonte de pesquisa. Para a professora Maricy, além do papel de promover a inclusão digital, o projeto também estimula a autoestima dos participantes que passam a ter mais confiança e autonomia no exercício de tarefas ligadas ao mundo digital. Outro fator revelado pela coordenadora do curso é o envolvimento dos cursistas com seus monitores( alunos do curso de Licenciatura em Computação do campus de Cáceres). “Em uma pesquisa que fizemos com os participantes, eles apontaram como elemento essencial para o bom andamento a relação de confiança e dedicação que estabelecem com os monitores”, revelou.
 
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