Notícias / Saúde
06/09/2011 - 09:04
Pedro Henry condiciona liberação de equipamentos para Cáceres em troca da estadualização do PAM
Por Jornal Oeste
O secretario estadual de Saúde,, Pedro Henry, condicionou a liberação de equipamentos para sala de coleta do Programa DST/AIDS, ao repasse do controle do Pronto Atendimento Municipal (PAM), ao Estado para repassá-lo a Organização Social Santa Catarina, que assumira a gestão do Hospital Regional de Cáceres, a partir do dia 15.
A revelação foi feita na manhã desta terça-feira, 6, pela coordenadora do Programa, Vanderly Muniz, no programa Canal Aberto da Radio Club FM.
Acompanhada do médico da unidade, Luiz Pierone, ela disse que a posição politica coloca em risco a população de Cáceres e região, que sem o equipamento, vão continuar tendo que ir a Cuiabá para fazer a coleta de material para testes de doenças sexualmente transmissíveis e hepatites.
“Temos aproximadamente 4 mil pessoas que podem estar infectadas em Cáceres e precisamos do equipamento para realizar o exame”, afirmou Vanderly explicando que há dois anos vem lutando para a implantação do laboratório, inclusive com a reforma e adaptação do Prédio do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA).
“Em junho conseguimos a liberação do equipamento e capacitamos nossos colabores em Cuiabá, e agora fomos surpreendidos por esta posição do secretário”, lamentou.
O médico Luiz Pierone foi mais contundente. Ele disse que ficou revoltado com a notícia e disse que as pessoas não podem ser penalizadas com esse tipo de postura.
Pierone e Vanderrly disseram que a medida levará o programa DST/AIDS de Cáceres a promover uma série de economias para reunir o recurso necessário para a aquisição do equipamento.
“Vamos nos apertar, mas não podemos abrir mão deste equipamento”, disso o médico. Não vamos deixar que a qualidade do nosso serviço seja prejudica por isso”, completou Vanderly.
A maioria dos ouvintes que participaram do programa por telefone lamentaram a atitude de Pedro Henry. A paciente Clélia Silva, que estava internada em um hospital da cidade até ontem, e é uma das prejudicadas pela decisão, disse que a postura de Pedro Henry é inaceitável.