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22/07/2011 - 22:05

UNEMAT apresenta "Índios de MT"para alunos da rede pública

Por Gabriela Araújo

Cerca de 30 alunos do 5° ano da Escola Estadual Dr. Leopoldo Ambrósio Filho visitaram hoje o Museu da Universidade do Estado de Mato Grosso situado na Cidade Universitária – Cáceres. Com o olhar atento, as crianças puderam conferir de perto o que aprendem nos livros didáticos. A exposição “Índios de Mato Grosso” impressiona pela riqueza de detalhes do cotidiano dos primeiros habilitantes do solo brasileiro. Cocares, lanças, potes e adornos estão expostos, mas, o que encantou os pequenos foi à recriação de um ambiente da aldeia da tribo Bororo. Durante a visita, realizada com o acompanhamento do assessor administrativo do museu, Eder Junior, os estudantes tiveram uma aula sobre ética, noções históricas sobre o Mato Grosso e puderam debater sobre respeito às diversidades. Pâmela Duarte de 11 anos pode ver como era a vida dos indígenas e disse que sente orgulho por ter parentes índios, a menina se encantou com os potes de barro. Para a pedagoga Cristiane Pinheiro de Lima o passeio é a oportunidade dos alunos conhecerem a história do país. “Aqui eles prestam atenção em tudo o que é falado, pois é ilustrado, eles conseguem assimilar e aprender de forma leve e divertida”finalizou. Acompanhando o grupo, o pedagogo Walter Marques Leite se emocionou ao poder conhecer melhor os hábitos dos indígenas, a mãe dele é Chiquitana, grupo de índios que vivem na fronteira entre Brasil e Bolívia (95 km de Cáceres), capturada a força aos cinco anos de idade por fazendeiros, ela foi trazida para Cáceres onde foi colocada para trabalhar em um regime de quase escravidão. Segundo Walter ela foi batizada no Brasil com o nome de Luiza e não lembra o nome de origem, porém, fez questão de preservar um pouco da cultura com a culinária e cantigas. “Para mim em especial é fascinante poder ter contato com a cultura de meus ancestrais. Fico feliz que a UNEMAT priorize as raízes do nosso povo”, afirmou. O museu da Unemat dedica-se à pesquisa, aquisição, conservação e difusão de conhecimento ligado às áreas de Antropologia, Etnografia, Arqueologia, Paleontologia e Espeleologia. Entretanto, abre espaço para a programação de exposições de obras de artistas regionais. Aberto à visitação (gratuita): de segunda à sexta feira, de 9h00 às 12h00 e de 15h00 às 18h00. Informações, pelo telefone (65) 3224-1438.
 
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