Jornal Oeste

As aulas dos alunos da rede pública municipal previstas para encerrar no dia 16 de dezembro vão se estender até o dia 29 de fevereiro de 2012. É o que estabelece um calendário elaborado pela secretaria de Educação, para repor as aulas perdidas, durante o período da greve, dos professores. Além da prorrogação do ano letivo, foram suspensas as férias do mês de julho. No final do ano, as aulas serão suspensas no dia 23 de dezembro e recomeçam no dia 16 de janeiro. Os professores são obrigados a cumprir 200 dias letivos e 800 horas de aulas durante o ano. As reposições começaram, no sábado, nas 28 escolas municipais. Embora o calendário seja unificado. Em algumas escolas, onde os professores, demoraram a aderir a paralisação, haverão menos aulas para serem repostas, e, conseqüentemente, o ano letivo terminará antes da previsão estabelecida pelo calendário. Na escola Izabel Campos, por exemplo, as aulas estão previstas para encerrar no dia 24 de fevereiro. Porém, o aluno que for aprovado direto, em todas as matérias, deve entrar de férias no dia 15 de fevereiro. “Aqui vamos repor 53 dias letivos. As aulas estão previstas para encerrar no dia 24 de fevereiro. Mas, o aluno que passar direto, deve entrar de férias no dia 15 de fevereiro” afirma a diretora Catarina Dimas da Silva Flores, informando que os pais já foram comunicados sobre a alteração do calendário e, segundo ela, aprovaram o alongamento do ano letivo. A escola Izabel Campos é uma das maiores da rede municipal com 545 alunos. Na escola Dom Máximo Biennés, onde estão matriculados 750 alunos, serão repostos 55 dias letivos. A diretora Maria Lúcia Gonçalves Borges, acredita que as aulas devem encerrar no dia 17 de fevereiro. Lúcia admite que, devido à paralisação, alguns alunos deixaram a escola. Na escola Duque de Caxias, de 292 alunos serão repostos 55 dias letivos. A previsão da coordenadora Vitória Sales da Silva é de que as aulas sejam encerradas no dia 24 de fevereiro. A exemplo da diretora da Izabel Campos, Vitória afirma que os pais já foram comunicado e aprovaram o novo calendário. A greve dos professores foi deflagrada no dia 11 de abril. A categoria apresentou uma série de reivindicações que foram desde a revisão da tabela salarial das categorias A e B que, segundo eles, recebem menos de um salário mínimo até a implantação do piso nacional de salários, para os professores. Depois de 81 dias de paralisação, a Justiça julgou o movimento ilegal, determinando o retorno dos grevistas ao trabalho. O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SSPM) que representa a categoria está recorrendo da decisão.