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15/06/2009 - 00:00

Durante encontro, PP lança "sonho" de comandar Estado

Por Jornal Oeste

RDNEWS Após três horas de reunião a portas fechadas, a cúpula regional do PP decidiu que, a partir de agora, vai trabalhar projeto próprio. A estratégia é fazer um verdadeiro raio-X do Estado para saber qual é o melhor nome ao Palácio Paiaguás. Segundo o presidente da Assembleia, José Riva (PP), o partido não pretende cometer os mesmos erros de outras siglas, que lançaram candidaturas prematuramente e que, por isso, se esfacelam no ar. “Não queremos fazer nenhuma imposição à sociedade, até mesmo porque elas (candidaturas) estarão fadadas à derrota”, diz Riva. "Não queremos nenhum prato pronto. Vamos elaborar e apresentar a nossa proposta a Maggi", diz Riva O deputado argumentou ainda que todos os partidos têm escolhido os seus pretensos candidatos e que o PP fará o mesmo. “Não queremos nenhum prato pronto. Vamos elaborar e apresentar a nossa proposta ao governador Blairo Maggi (PR) e aos demais partidos e ver quais querem nos ajudar”, afirmou. Apesar de criticar a falta de diálogo entre o PR e os progressistas, Riva assegurou que as decisões não alterarão a governabilidade. “Desistimos de cobrar maior diálogo do governador. Agora vamos fazer nosso projeto e apresentar a ele”, conta. O parlamentar pondera que a atitude do partido não influenciará a relação com os republicanos. “Ajudamos a eleger Maggi e continuamos na base aliada”. Com o aval de Riva, o deputado federal Pedro Henry disse durante a reunião que “o PP não pode ser a noiva das eleições, mas sim o noivo”, numa referência ao assédio que o partido vem sofrendo para se contentar com a vaga de vice-governador numa eventual chapa encabeçada por Silval Barbosa (PMDB). Os progressistas decidiram postergar o anúncio de seus pré-candidatos a deputado estadual e federal, senatória e governo. “Não definimos ainda quais cargos majoritários disputaremos. Tudo dependerá da aceitação da sociedade. O que posso garantir é que nossa chapa terá diversos candidatos de todos os pontos do Estado”. O nome de Riva é um dos mais cogitados entre a cúpula progressista. Mesmo assim, o deputado diz que aguarda resultado de pesquisas sobre intenção de voto para decidir se disputa ou não o Paiaguás. O problema é que, enquanto isso, o próprio Riva faz pré-campanha ao Senado e não descarta também concorrer à reeleição para o quinto mandato. "O nome do Riva é o que mais aglutina", diz o deputado estadual Maksuês Leite, durante o encontro promovido no escritório de Henry. Para a cúpula do PP, é com esse poder de aglutinação que dispõe o presidente da Assembleia que ficará mais fácil construir um "amplo arco de alianças". Nesse caso, alguém vai ter de pular do barco para se chegar a um nome de consenso. Apesar do otimismo dos progressistas em torno do nome de Riva para cabeça-de-chapa, muitos acham que trata-se somente de um balão de ensaio. No fundo, Riva tende a optar por continuar na AL, onde comanda um orçamento superior a R$ 15 milhões por mês. Ele está no quarto mandato e exerce o cargo de presidente pela quarta vez. De quando chegou no Legislativo mato-grossense nunca deixou de compor a Mesa Diretora, ora como presidente, ora como primeiro-secretário, que é o ordenador de despesas. O que mais complica a situação de Riva são os vários processos a que responde na Justiça. Foi denunciado pelo Ministério Público por supostos atos de improbidade administrativa, junto com o velho parceiro Humberto Bosaipo, hoje no cargo vitalício de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Apesar do otimismo dos progressistas em torno do nome de Riva, muitos acham que trata-se somente de um balão de ensaio Uma das figuras presentes na reunião foi o secretário-executivo do Ministério das Cidades, Rodrigo Figueiredo, que veio diretamente de Brasília para participar do encontro. O partido pretende lançá-lo a deputado, seja estadual ou federal. Apesar disso, Rodrigo resiste. Sua expectativa é outra. Sonha com a nomeação ao cargo de ministro das Cidades, já que o titular Márcio Fortes de Almeida deve se afastar em abril do próximo ano para disputar o Senado pelo Rio. Estiveram presentes à reunião do PP os federais Pedro Henry e Eliene Lima, o secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Chico Daltro, o presidente da Câmara de Cuiabá, Deucimar Silva, e os prefeitos cassados de Barão de Melgaço e Cáceres, respectivamente, Marcelo Ribeiro e Ricardo Henry, os vereadores cuiabanos Leve Levi e Éverton Pop, e ainda Messias di Caprio, de Primavera do Leste. (Patrícia Sanches)
 
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