27/06/2011 - 21:07
Professores de MT contrariam justiça e decidem manter greve na educação
Por G1MT
Os professores de Mato Grosso decidiram na tarde desta segunda-feira (27), em Assembleia Geral, manter a greve por tempo indeterminado, apesar de a Justiça ter considerado ilegal a paralisação da categoria. Os profissionais estão em greve desde o dia 6 de junho, deixando mais de 445 mil alunos fora das salas de aula no estado.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep-MT), Gilmar Soares, informou ao G1 que a entidade já recorreu da decisão liminar concedida pela Justiça. De acordo com nota oficial divulgada pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc), a ausência ao trabalho, a partir desta terça-feira (28) será considerada falta injustificada. Isso porque a liminar publicada no Diário da Justiça do dia 22 de junho estipulou prazo de 72h para os professores voltarem para as salas de aulas, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. A decisão foi assinada pelo desembargador José Tadeu Cury, da Turma de Câmaras Cíveis Reunidas de Direito Público e Coletivo.
Em relação à multa diária, o presidente do Sintep-MT declarou ao G1 que a categoria não teme a punição. “Já fomos multados outras vezes e sempre contestamos na justiça”, frisou Soares. Ele comentou, porém, que a categoria poderá pensar em flexibilizar o movimento caso o governo do estado apresente uma contraproposta de negociação com a categoria.
Reivindicações
Uma das principais reivindicações dos profissionais se refere ao aumento do piso salarial. Os professores pedem que o piso da categoria seja de R$ 1.312, valor que segundo o sindicalista seria a remuneração nacional reajustada no mês de maio deste ano. Além disso, exigem também a posse imediata dos classificados e aprovados no último concurso público na área da educação, pagamento de hora atividade para professores contratados e mais recursos para a área da educação.
O estado se comprometeu em reajustar os salários dos professores em dezembro e convocar todos os aprovados no último concurso público até agosto. Ainda conforme a Seduc, as negociações com a categoria continuam abertas.