Jornal Oeste

Secretarias de Saúde estadual e municipal manterão estratégias de busca e cuidados com a doença da mesma forma que antes, sob orientação do Ministério RENÊ DIÓZ Estado e município devem manter suas políticas de contenção à gripe suína, nova doença elevada à situação de pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS) na última quinta-feira. A mudança no nível de alerta por parte da OMS não deve gerar alarme nem implicar mudanças ou novas preocupações, de acordo com o Ministério da Saúde, que orienta Estado e município em suas estratégias de contenção da doença. Nesta quinta-feira, o aumento no número de casos da nova gripe fez a OMS elevar seu nível de alerta da fase 5 para a 6, algo inédito desde a criação do órgão mundial. Isto significa que a OMS constatou mudanças na atual transmissão da doença. Segundo o Ministério da Saúde, na fase 5, o vírus se propaga de pessoa a pessoa em, no mínimo, dois países de uma mesma região do mundo. Na fase 6, o vírus passa a se propagar em, no mínimo, um país de outra região. Como o vírus já se alastrou para pelo menos duas regiões distintas, a OMS considera que a nova gripe já se transformou em pandemia. Embora tenha alcançado outro nível de transmissão para a OMS, o nível de letalidade da doença – 0,5% dos casos no mundo - é considerado baixo pela própria OMS. O Brasil, por exemplo, ainda não registrou casos fatais da doença em seu território. O governo afirma que o país se antecipou nas medidas de contenção à doença recomendadas pela OMS. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), as estratégias de prevenção, diagnóstico e tratamento da nova gripe têm sido repassadas pelo Ministério da Saúde desde o alerta inicial da doença no Brasil. Igualmente, agora, a política continua a mesma. Já a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informa que também seguirá as orientações do Ministério e que, atualmente, tem se voltado à capacitação dos profissionais de saúde da rede para receber eventuais pacientes da doença. Atualmente, em Mato Grosso, dos 12 casos outrora em monitoramento, são apenas dois os casos confirmados de gripe suína. Trata-se de um casal que chegou à cidade no dia 27 de abril após passar pelos Estados Unidos (país considerado área de risco pela OMS e que já contabiliza mais de 13 mil casos confirmados da nova gripe, com 27 mortes por decorrência da doença), Peru e Bolívia. Após serem isolados em domicílio, os dois foram liberados por não apresentarem mais sintomas da doença. Um caso do interior do Estado aguarda a conclusão de exames laboratoriais para identificação do vírus. Para os demais casos monitorados, a possibilidade de gripe suína já foi descartada. Ao todo, no Brasil, são 52 os casos confirmados em laboratório. O Estado que mais acumula casos é São Paulo, com 20 confirmações. (Com assessoria)