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10/06/2009 - 00:00

Deputado questiona a não homologação do novo Estatuto da Unemat, mas ensiste na divisão da Universidade

Por Jornal Oeste

DA ASSESSORIA O líder do PT no Legislativo, deputado estadual Alexandre Cesar (PT), usou a tribuna na sessão ordinária desta terça-feira (09) para registrar o término da greve no campi da Unemat de Sinop, iniciada 18 de maio. Baseado na notícia divulgada no site RD News o parlamentar criticou o reitor da instituição, Taisir Mahmudo Karim, que concedeu entrevista reduzindo o movimento da comunidade acadêmica por melhorias a uma suposta disputa política. “Ele desdenhou do movimento tratando-o como algo orquestrado por mim para eleger um sucessor na Unemat e diante disso afirmou que será ele quem vai eleger sucessor. Com essa declaração caiu a máscara. Agora a intenção do reitor ficou clara. É curioso ele atribuir a mim a liderança da comunidade acadêmica, insatisfeita com a atual administração, ainda mais em Sinop onde não tenho tanta atuação política. As Câmaras Municipais de Alta Floresta e Sinop também se manifestaram contra a gestão do reitor, sendo que não há nenhum vereador do PT nesses legislativos, o que mostra que o movimento não parte de mim”, se posicionou. Conforme Cesar o que vai resolver mesmo as crises cíclicas da Unemat é a aplicação das Leis Complementares aprovadas no ano passado na Assembleia Legislativa, sobretudo a LC nº 319 que trata da descentralização financeira e administrativa na instituição. “A Unemat tem hoje 11 campi e mais 15 extensões, porém, todas as decisões administrativas, financeiras e acadêmicas estão centralizadas em Cáceres. O município tem todos os méritos de ser a sede e ninguém falou em mudar isso. No entanto, é preciso haver uma descentralização porque atualmente, se algum professor ou aluno precisa da aprovação de um projeto de pesquisa ou extensão, precisa se deslocar até Cáceres, muitas vezes percorrendo mais de mil quilômetros, apenas para defender o seu projeto. O reitor tenta, a todo custo, reduzir a discussão a um embate político em torno da sucessão, mas o problema não é esse. O problema é que a gestão dele é autoritária e centralizadora, daí a resistência em implantar o novo Estatuto, que retira a concentração do poder e extingue a Faesp, que é uma caixa-preta, não presta contas a nenhum órgão fiscalizador”, apontou.
 
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