Jornal Oeste

Jonas Jozino Nem bem foi aprovado e a Assembléia Legislativa de Mato Grosso terá de fazer uma mudança na lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas nos estádios, principalmente em Cuiabá. Esta lei tem de estar valendo, pelo menos durante a realização da Copa do Mundo na Capital, em 2014. Está mais uma das inúmeras exigência da Fifa, organizadora do Mundial. A mudança de atitude é explicada por um contrato milionário da Budweiser com a Fifa, que se estende até 2014. O acordo prevê a venda de bebidas alcoólicas nos estádios, como nas últimas seis Copas do Mundo. Os acordos de marketing da Fifa relacionados à Copa representam mais um quarto da renda da entidade. A maioria dos patrocínios para o Mundial do Brasil já foi assinada. Será com parte desse dinheiro que a entidade bancará os custos do Comitê Organizador Local, que receberá repasses periódicos. A Budweiser faz parte da cervejaria belgo-brasileira InBev, que é patrocinadora da seleção brasileira. No ano passado, a Inbev comprou a rival americana Anheuser-Busch (dona da marca Budweiser). O Comitê Copa do Pantanal recebeu a determinação de liberar o consumo de bebida alcoólica no novo Verdão, ontem, durante encontro com o COL (Comitê Organizador Local) da Copa-2014 de que cidades-sedes que terão de fazer leis para liberar a venda de álcool nos estádios do Mundial. Assim, a ordem é que abram exceção nas suas leis estaduais e municipais que impedem a venda bebidas alcoólicas nos estádios. "A Fifa terá direito a tudo nos estádios. Fomos informados de que teremos até que mudar a legislação anti-álcool para um dos patrocinadores da entidade vender os seus produtos", disse o prefeito Wilson Santos, na manhã desta quarta-feira, ao comentar o encontro de ontem. Além de afirmarem que o álcool será liberado nos estádios no Brasil, os integrantes do comitê organizador informaram que o espaço aéreo das arenas terá que ser fechado durante os jogos. A medida servirá para impedir a publicidade "pirata" em aviões nos dias de partidas.