Jornal Oeste

Diversos políticos de Mato Grosso estão prestes a migrar para o Partido Social Democrático (PSD), nova legenda criada pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. As principais lideranças do PP deixarão a legenda, como o deputado estadual José Riva, o deputado federal licenciado e secretário de Estado, Eliene Lima, o vice-governador Chico Daltro e os deputados federais Roberto Donner e Nery Geller. Além disso, também estão analisando a ideia os deputados federais Júlio Campos (DEM) e Homero Pereira (PR). Caso essas mudanças se concretizem, das oito cadeiras de Mato Grosso na Câmara Federal três seriam do PSD: Eliene, Júlio e Homero. Donner e Geller são suplentes e ocupam as cadeiras de Pedro Henry e Eliene, respectivamente, ambos do PP. Na Assembleia Legislativa os partidos também sofrerão baixas. Entre os deputados estaduais que podem acompanhar a debandada para o PSD estão Walter Rabello, Airton Português e Ezequiel Fonseca (todos do PP), Gilmar Fabris (DEM) e os deputados licenciados secretário de Esportes do Estado Antônio Azambuja (PP), e atual secretário de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar José Domingos Fraga (DEM). Liderando o movimento de migração para a nova legenda, Riva já está fazendo contatos com lideranças políticas de todo o Estado. Ele adianta que vai conversar com cerca de 80 prefeitos dos 141 municípios, pedindo a adesão. A intenção do grupo liderado por Riva é mudar de partido e levar outros políticos, como vereadores, prefeitos e deputados estaduais, não só do PP, mas de qualquer partido. “É a oportunidade que temos de juntar companheiros num mesmo partido. Tenho prefeito que me apoiou que é do PSB, PSDB, PPS... É o momento de agrupar num mesmo partido pessoas que não podiam estar juntas em função da legislação eleitoral, que prevê punições, como a perda de mandato, pela troca de partido, por causa da fidelidade partidária”, disse o deputado Riva. José Riva, Eliene Lima e o vice-governador Chico Daltro participam hoje do lançamento nacional do novo partido, em Brasília. Riva lembra que isso ainda não significa a filiação partidária, pois é preciso conversar com a base. Ele pretende levar o maior número de “companheiros possível”.