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23/03/2011 - 08:27

Qualidade da água da Bacia do Paraguai preocupa Sema

Por Caroline Lanhi

A Bacia do Paraguai é a que mais sofre os impactos da falta de um sistema eficiente de tratamento de esgoto, bem como de políticas públicas pela conservação dos recursos hídricos e preservação da mata ciliar. Esse é o alerta feito por técnicos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). Ao longo de 3 anos, as 32 estações de monitoramento dessa bacia mostram que os rios Cuiabá, São Lourenço e Paraguai estão com qualidade "média". O índice é visto como preocupante pela Sema, considerando que até quando o índice é caracterizado como "bom" a água não pode ser consumida sem tratamento ou utilizada para banho. Nesses rios, a qualidade piora à medida que se aproxima das regiões urbanas tanto de Cuiabá quanto Várzea Grande, Santo Antônio do Leverger, Rondonópolis, Campo Verde, São Pedro da Cipa, Alto Paraguai e Cáceres. A maior contaminação se deve ao esgoto e lixo jogado no leito, o que reflete deficiências no tratamento de esgoto, coleta de resíduos e ocupação de áreas de risco. Mesmo com os avanços na discussão sobre o meio ambiente, leis, fiscalizações e obras, desde que o monitoramento dos rios de Mato Grosso foi implantado, em 1995, constata-se uma piora da qualidade da água. Na avaliação do coordenador de ordenamento hídrico, Leandro Maraschin, isso também se deve ao fato do Estado estar crescendo de modo acelerado e com isso os problemas também aumentam. "Mas a infraestrutura das cidades não acompanha esse crescimento". Conforme o monitoramento, cerca de 70% dos 74 pontos de análise apontam como "boa" a qualidade da água, ainda que precise de tratamento para ser utilizada. De acordo com o gerente de laboratório e ensaios da Sema, Sérgio Batista de Figueiredo, de modo geral, a qualidade da água é considerada boa devido a abundância, que facilita a depuração. Na Capital, de acordo com o diretor técnico da Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap), Jacirio Maia Roque, o tratamento do esgoto produzido pelos cuiabanos deverá ser feito com a conclusão das obras de saneamento do Programa de Aceleração do Crescimento, que vai elevar para 75% a quantidade de esgoto tratado.
 
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