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23/03/2011 - 08:24

Atlas Brasil Abastecimento Urbano de Água diz que 56 cidades de MT precisam de investimentos

Por Raquel Ferreira

Cinquenta e seis municípios de Mato Grosso precisam investir mais de R$ 230 milhões para garantir o abastecimento de água satisfatório à população do Estado. O levantamento nacional intitulado Atlas Brasil Abastecimento Urbano de Água, da Agência Nacional de Água (ANA), aponta que 12 cidades precisam adotar novo manancial e outros 44 municípios devem adequar o atual sistema, entre eles está Cuiabá. Dos R$ 230 milhões de investimentos sugeridos pela ANA, R$ 130 milhões são indicados para ampliação e adequação de sistemas produtores, onde estão incluídos os investimentos no Vale do Rio Cuiabá, que abrange 27% da população do Estado, atendendo a Capital, Várzea Grande, Santo Antônio do Leverger e Nossa Senhora do Livramento. O restante, R$ 74 milhões (36%), deverá ser investido no aproveitamento de novos mananciais. Conforme a ANA, 55% dos 5.565 municípios brasileiros podem ter déficit no abastecimento de água até 2025. Desses, 84% necessitam de adequação dos sistemas produtores e 16% de novos mananciais. No país, o investimento deve ser de R$ 22 bilhões até 2015. No levantamento, Mato Grosso é apontado como único estado do país sem uma companhia estadual responsável pelos serviços de água e esgoto. Para a Agência, o processo de municipalização dos serviços, associado ao pequeno porte da maioria das cidades, "confere obstáculos do ponto de vista institucional para a operação dos sistemas de abastecimento de água". Para ampliar a capacidade do sistema produtor de água de Cuiabá, a ANA sugere à administração municipal a implantação de um novo sistema no rio Coxipó, com captação, adução, elevatória de água bruta e estação de tratamento de água (Tijucal III). Porém, o diretor-técnico da Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap), Jaciro Maia Roque, explica que a região já está comprometida e o ideal seria uma construção na região do Ribeirão do Lipa. Roque estima que seriam necessários investir R$ 44 milhões na nova estrutura para suprir a carência de 11%, do total de água consumida na Capital. Atualmente, a Sanecap produz 10 mil metros cúbicos de água por hora. Uma estação com produção de 1.800 metros cúbicos por hora seria o ideal para satisfazer o abastecimento até 2025. Para o diretor, o problema do esgoto é muito mais sério. Somente 38% são tratados, o restante vai parar no rio Cuiabá, diretamente ou levado pelos cursos dos córregos. Roque estima que o tratamento de esgoto subirá para 75% com a finalização da primeira etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 1), chegando a 100% com aprovação de projetos no PAC 2.
 
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