Jornal Oeste

Três derrotas dentro de casa, pressão da torcida e a volta de Marcelo Araxá. Esses foram os motivos para a direção do Uberaba Sport acertar, na tarde de ontem, a demissão do treinador Marcos Birigui e do auxiliar Lino. Para a partida de quarta-feira, contra o Palmeiras, pela Copa do Brasil, Marcelo Araxá ficará a frente da equipe de forma interina. Depois de conquistar a Taça Minas Gerais pela segunda vez no comando do Colorado, a expectativa do torcedor e da direção no treinador era de uma grande campanha no Campeonato Mineiro. O principal objetivo era conquistar uma das vagas na Série D do Campeonato Brasileiro. No entanto, Birigui e seus comandados vem decepcionando. Em seis jogos, a equipe só conquistou cinco pontos. Para piorar, os cinco foram longe de casa e o torcedor ficou irritado e decepcionado por assistir três exibições pifias no Uberabão. Com os resultados, a luta não é mais por uma das vagas na competição nacional e sim contra o rebaixamento. Apesar de sair um pouco chateado, Birigui fez questão de deixar as portas abertas para o alvirrubro. "Quando se perde, é melhor cortar uma cabeça do que dez. Acharam que minha saída seria boa, acato e deixo as portas abertas. É a primeira vez, em quinze anos, que sou demitido, mas, é melhor do que pedir a dispensa e abandonar o clube em uma fase ruim, para ser visto como covarde. Saio sem mágoa e de coração limpo." Birigui teve uma boa passagem pelo Colorado e leva no currículo dois títulos. O treinador conquistou a Taça Minas Gerais por duas vezes, 2009 e 2010, e conquistou, assim, o direito de disputar a Copa do Brasil pela primeira vez na história do clube. Além dos dois títulos, o acesso a Série C do Campeonato Brasileiro, principal objetivo, não foi conquistado por muito pouco. Nas duas vezes, a equipe foi eliminada nas quartas-de-finais. Em janeiro, Joselino Martins de Jesus, o Lino, chegou para substituir Marcelo Araxá. Logo após assumir a gerencia de futebol, Lino também acumulou as funções de auxiliar técnico, já que Érick Moura entregou o cargo. Surpreendido com a demissão, o ex-jogador avalia o trabalho como bom. “Confesso que não entendi a decisão da diretoria, mas tenho que acatá-la. Sempre procurei ajudar o Birigui, mas ele era o comandante e o responsável pelo time. Geralmente, você é demitido por não exercer bem a sua função, mas não é este o caso. Fiz muitos trabalhos que não vinham sendo realizados no Uberaba e estava fazendo a minha parte. Porém, futebol é feito de resultados. Quando isso não acontece, sempre sobra para a comissão técnica"