Jornal Oeste

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf) entregou nesta quinta-feira (17.03) a chave do ‘Caminhão Feira do Peixe’ ao Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Ambiental e Turístico Nascentes do Pantanal, que abrange 11 municípios do Estado de Mato Grosso. Na oportunidade foi realizado um fórum para debater os principais problemas enfrentados pelos gestores, e na sequência ocorreu a formalização do ato de entrega do veículo na sede da Secretaria de Meio Ambiente e Turismo (Sematur), em Cáceres. A cerimônia foi destinada aos prefeitos do Consórcio e secretários de agricultura com o intuito de estudar a melhor forma de administrar o caminhão ‘Feira do Peixe’ para que todos os municípios que compõem o consórcio sejam contemplados com o projeto que tem como meta impulsionar a produção e comercialização de peixes no Estado de Mato Grosso. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf), Jilson Francisco da Silva, este é um compromisso firmado pelos Governos Federal e Estadual, que estão trabalhando em conjunto para o sucesso do projeto. "Com essas ações desenvolvidas tenho certeza que Mato Grosso, que atualmente ocupa o quinto lugar no país na produção de piscicultura, em breve será referência no Brasil e subirá de posição”, revelou otimista. Segundo o superintendente Federal do Ministério da Pesca e Aquicultura no Estado de Mato Grosso, Valter Santana, os veículos serão liberados aos poucos. “Estamos bastante otimistas que o projeto vai dar certo. O objetivo é incentivar mais produtores a investirem na piscicultura gerando emprego, renda e garantindo a qualidade de vida de produtores e da população que consome uma carne saudável podendo ser incorporada ao cardápio em mais dias da semana”, revelou. Dos três caminhões ‘Feira do Peixe’ entregues pela Ministra da Pesca e Aquicultura, Ideli Salvatti no final de fevereiro, destinados à Prefeitura de Cuiabá e aos Consórcios Vale do Rio Cuiabá e Nascentes do Pantanal, apenas um foi entregue e deverá funcionar nos próximos dias. Os pescadores e produtores rurais passarão por treinamento desde higienização, conservação do peixe e comercialização do pescado. O Consórcio Nascentes do Pantanal irá administrar o caminhão, mas cada município receberá o veículo em datas específicas (agendadas) e será responsável em escolher uma comissão para garantir a comercialização do pescado e a higiene do caminhão. A presidente do Consórcio e prefeita de Lambari D’Oeste, Maria Manea da Cruz, agradeceu pelo caminhão e frisou a importância de incentivar a produção da piscicultura em todo o Estado. “Tenho certeza que a população vai consumir mais peixe e garantir uma renda melhor ao pescador”, enfatizou. O Consórcio é composto pelos municípios de Cáceres, Araputanga, Curvelândia, Gloria D´Oeste, Indiavaí, Mirassol D´Oeste, Porto Esperidião, Reserva do Cabaçal, Rio Branco, Salto do Céu e São José dos Quatro Marcos. Estiveram presentes na reunião, o superintendente da Sedraf, Adair José de Moraes; superintendente de Programas Especiais de Pecuária da Sedraf, Paulo Bilego; gerente de desenvolvimento Econômico da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Edson Justino; prefeito de Cáceres, Túlio Fontes; o secretário de agricultura de Cáceres, James Cabral; a prefeita de Lambari D´Oeste e presidente do Consórcio Nascentes do Pantanal, Maria Manea, o secretário executivo do Consórcio Dariu Carniel e demais autoridades. RENTABILIDADE O ramo da piscicultura é muito rentável. Em apenas um hectare pode ser produzido até cinco mil quilos de peixe. Se o produtor investir em tecnologia, essa produção pode chegar a oito e dez mil quilos por ano. Mas atualmente um dos grandes gargalos para alavancar a produção de pescado em Mato Grosso é a obtenção da licença ambiental. A ministra Ideli Salvatti garantiu agilizar o processo da licença e este foi um dos compromissos assumidos pelo Governador Silval Barbosa. A Sedraf, Sema e Assembleia Legislativa estão estudando formas de efetuar a dispensa da licença ambiental, com base na resolução Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), em projetos que tenham até cinco hectares de lâmina d´agua.